Confrontos com polícia grega e migrantes na ilha de Kos

Presidente da câmara da ilha diz que situação está a ficar descontrolada depois de a polícia usar bastões e extintores contra uma multidão de sírios e afegãos.

A polícia usou extintores na multidão de migrantes, sobretudo sírios
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A polícia usou extintores na multidão de migrantes, sobretudo sírios Angelos Tzortzinis/AFP
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O processamento de documentos de uma multidão de refugiados na ilha grega de Kos, no mar Egeu, acabou em violência com a polícia a usar bastões e até extintores numa aparente tentativa de impedir que a multidão entrasse num estádio onde estavam a ser dados os documentos provisórios.

A polícia grega enviou reforços depois deste caso, que se seguiu a uma ameaça de um polícia com uma faca a um migrante afegão no mesmo local. Duas unidades de polícia antimotim para lidar com potenciais distúrbios foram enviadas de imediato, e foi ordenada a transferência de 250 polícias para Kos e outras ilhas onde têm chegado centenas de migrantes de barco vindos da Turquia – chegaram já este ano 109 mil migrantes, o que faz com que a Grécia tenha ultrapassado a Itália como destino de barcos do Mediterrâneo.

As autoridades esperam que estes reforços ajudem a apressar o processo de identificação de cerca de sete mil migrantes na ilha, a maioria sírios.

Na ilha, o clima é de urgência. O presidente da câmara, Giorgos Kyritsis, disse que as autoridades locais estavam completamente incapazes de dar resposta a um número tão grande de pessoas. Avisou para “um banho de sangue se a situação degenerar”. 

Numa visita recente, o responsável do Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados, Vincent Cochetel, disse que a Grécia estava a dar um nível de ajuda aos refugiados inferior ao que existe, por exemplo, nos Camarões. Mas Cochetel diz que a situação é “gerível”, se as autoridades gregas “acordarem” e as europeias cooperarem. 

A União Europeia anunciou na segunda-feira um pacote de 2,4 mil milhões de euros para ajudar os Estados-membros a lidarem com os novos imigrantes nos próximos seis anos, dos quais 560 milhões serão para a Itália e 473 para a Grécia. 

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