Condenado homem que tentou esfaquear militar da GNR

Tentou atropelar um GNR e esfaquear outro em 2013. Ficou com pena suspensa e tem de fazer tratamentos por causa do alcoolismo

O Tribunal da Feira condenou a cinco anos de prisão, com pena suspensa, um homem acusado de ter tentado esfaquear um militar da GNR, depois de ter fugido a uma operação stop. Os factos remontam à madrugada de 16 de Outubro de 2013, quando o arguido, de 46 anos, foi mandado parar por uma patrulha, durante uma operação de fiscalização ao trânsito, em Arrifana, no mesmo concelho.

Segundo o acórdão citado pela agência Lusa, o arguido insultou os militares e recusou-se a fazer o teste de alcoolemia. De seguida entrou no veículo e fugiu do local, arrancando em direcção a um dos militares que teve de se desviar para não ser atropelado. O homem veio a ser detido cerca de uma hora mais tarde, junto à sua residência, em Escapães, pela mesma patrulha da GNR, que tinha sido chamada ao local por causa de distúrbios na via pública.

Quando se apercebeu da presença da patrulha, o arguido entrou em casa e foi buscar uma faca que tentou espetar no pescoço de um dos militares, acabando por o atingir numa mão. Além destes episódios, o indivíduo, que tem várias condenações por crimes de condução em estado de embriaguez, desobediência e abuso de confiança fiscal, estava ainda acusado de ter agredido o condutor de um automóvel com o qual terá colidido.

O arguido foi condenado a um cúmulo jurídico de cinco anos de prisão por um crime de homicídio qualificado na forma tentada, um de ofensa à integridade física simples, um de resistência e coação sobre funcionário e quatro crimes de injúria agravada. A execução da pena foi suspensa por igual período, sujeita a regime de prova e à obrigação de o arguido se sujeitar a tratamento aos seus problemas de alcoolismo e de impulsividade.

No acórdão, o colectivo de juízes realça a personalidade "quezilenta" do arguido, demonstrada pela postura que o mesmo manteve na audiência de julgamento, a ponto de ter sido advertido mais do que uma vez. Durante o julgamento, este começou por negar a prática dos factos, mas já na parte final acabou por os reconhecer, salientando porém que nunca teve intenção de matar o militar.  

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