Twitter procura novo presidente para concretizar "potencial não aproveitado"

Empresa contratou consultora e quer um executivo a tempo inteiro. Candidatos podem ser internos e externos.

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Costolo estava aos comandos desde Outubro de 2010 Lucas Jackson

O Twitter, que tem sucessivamente falhado em fazer dinheiro com os milhões de utilizadores que tem, está à procura de um novo presidente que consiga “concretizar o enorme potencial de longo prazo não aproveitado”.

A empresa norte-americana anunciou ter contratado a consultora Spencer Stuart, especializada em caça-talentos executivo, para ajudar o Twitter num processo de selecção que terá em consideração tanto candidatos internos, como externos. 

O lugar de presidente executivo está a ser ocupado interinamente por um dos fundadores, Jack Dorsey, desde que Dick Costolo, que esteve aos comandos da empresa durante quase cinco anos, se demitiu, há menos de duas semanas (formalmente, permanece no cargo até 1 de Julho). Costolo estava a ser pressionado pelos investidores para apresentar resultados financeiros positivos para uma plataforma que reúne cerca de 300 milhões de utilizadores activos por mês, mas que dá prejuízo desde que foi criada, em 2006.

Dorsey, por seu lado, estava há algum tempo ausente da empresa e continua a liderar a Square, uma empresa de pagamentos móveis que fundou depois de deixar o Twitter. O conselho de administração disse, em comunicado, estar à procura de um presidente executivo a tempo inteiro. “A procura está a ser feita com um sentimento de urgência, mas o comité [encarregue do processo] vai levar o tempo necessário para encontrar o presidente executivo certo para liderara a nova fase de crescimento do Twitter”, informou.

O Twitter teve dificuldades em ganhar expressão em alguns países (como Portugal) e a maior parte das receitas da empresa, que faz dinheiro com publicidade, são conseguidas nos EUA. Recentemente, a rede social tem mostrado quebras no ritmo de captação de novos utilizadores e uma das estratégias de Costolo era tentar rentabilizar os utilizadores que vêem o conteúdo do Twitter (por exemplo, quando é colocado noutros sites), mas que não usam activamente a plataforma.

No primeiro trimestre deste ano, o Twitter teve 162 milhões de dólares (144 milhões de euros) de prejuízo. As receitas subiram 74%, para 436 milhões de dólares, mas ficaram abaixo daquilo que a companhia tinha antecipado anteriormente. Na altura de apresentação de contas, a empresa reviu em baixa as previsões para este ano.

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