Cerca de 8 mil inscritos para as primárias do Livre/Tempo de Avançar

Números ainda provisórios apontam para a existência, entre estes, de 2500 cidadãos inscritos sem qualquer ligação ao partido.

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Rui Tavares é o líder do Livre/Tempo de Avançar Miguel Manso

A Comissão Eleitoral ainda está a apurar os resultados finais, mas os números para já avançados apontam para cerca de 8 mil pessoas que se inscreveram para votar nas primárias do Livre/Tempo de Avançar.

Deste universo eleitoral, cerca de 5500 serão militantes do Livre e subscritores da candidatura cidadã Tempo de Avançar e 2500 serão cidadãos sem qualquer relação com o partido.

Embora ainda sem dados definitivos, a porta-voz do Livre/Tempo de Avançar, Maria João Pires, realça o facto de que, para já, tudo aponta para haver mais inscritos da “diáspora, do círculo europeu” do que de alguns círculos eleitorais de Portugal. Tal poderá revelar, sublinha, “um interesse dos cidadãos portugueses emigrantes” na candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar.

Embora ressalvando que também não dispõe ainda de dados mais finos, o líder do partido, Rui Tavares, defende que o número de portugueses na diáspora que se inscreveram revela, não só interesse por esta candidatura, como também alerta para a necessidade de dar mais “canais” de participação a estas pessoas: “O que é importante é que o próprio Estado olhe para esta diáspora que quer participar e facilite, não só as formas de recenseamento, como dar-lhes mais voz e participação”, afirma o ex-eurodeputado, satisfeito com o universo alcançado de 8 mil votantes nas primárias. 

Em Portugal, o círculo eleitoral onde se terão inscrito mais votantes é Lisboa: “Têm substancialmente mais peso do que no resto do país”, diz Maria João Pires, ressalvando, no entanto, que o universo de votantes se estende ao resto do país.

A fase que terminou no domingo às 23h59 dizia respeito às inscrições para se poder escolher os candidatos que, de facto, vão concorrer às eleições legislativas. Essa votação final acontecerá no fim-de-semana de 20 e 21 de Junho.

É a primeira vez na história da democracia portuguesa que os candidatos a um lugar na Assembleia da República podem ser escolhidos por cidadãos em vez de tal ser uma decisão apenas das direcções partidárias.

Há 385 candidatos às primárias do Livre/Tempo de Avançar. O processo para a escolha destes candidatos a candidatos implicava, entre outras obrigações, que apresentassem um percurso cívico e que fossem propostos por 12 subscritores (esta subscrição estava reservada a militantes/apoiantes do Livre e subscritores da candidatura Tempo de Avançar).

Seguiu-se a fase em que qualquer cidadão, apoiante ou não do Livre/Tempo de Avançar, se podia inscrever para votar nos candidatos que prefere ver na lista. É isto que vai acontecer a 20 e 21 de Junho. O número de candidatos que os inscritos podem ordenar depende de cada círculo eleitoral.

O ordenamento final resultará da ponderação desta votação, tendo em conta a paridade de género. O Livre/Tempo de Avançar quer garantir a paridade absoluta, 50% de mulheres e 50% de homens.  

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