Durante a primeira semana de Maio os estudantes universitários esquecem os trabalhos e as frequências e festejam mais um ano académico. A animação dos alunos do primeiro ano e a nostalgia daqueles que, agora, vêem o seu percurso chegar ao fim: são várias as emoções ligadas à Semana Académica. Um dos pontos altos é o desfile, na terça-feira, que condicionará o trânsito na baixa do Porto.

Esta segunda-feira as actividades começam logo ao início da tarde com o Dia da Beneficência. Os estudantes vão estar nas ruas da baixa do Porto a vender miniaturas de pastas académicas com fitas de cursos diferentes e versos relacionados com cada área de ensino. No fim, o dinheiro angariado vai ser utilizado para ajudar uma ou mais instituições de solidariedade social da cidade. No início da noite, o Coliseu do Porto recebe vários estudantes com formação musical que apresentam o Concerto Promenade, em parceria com uma orquestra. Já no queimódromo, em Matosinhos, a noite desta segunda-feira, a terceira da queima das fitas, apresenta em palco o português Dengaz e o jamaicano Anthony B.

O mesmo recinto recebe, na terça-feira, a Banda Red e o músico que já há vários anos marca presença na queima: Quim Barreiros. Durante a tarde, muitos estudantes vão passar pela baixa do Porto, uns em carros alegóricos, outros a pé. O Cortejo Académico está organizado consoante as várias faculdades da Academia do Porto e é a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) que lidera o desfile.

Durante o cortejo, são alguns os constrangimentos do trânsito a ter em conta. Das 12h de terça-feira até às 2h de quarta-feira, vai ser impossível passar de carro nas ruas da Restauração, na Jorge Viterbo Ferreira e no troço compreendido entre esta última rua e a Alberto Aires de Gouveia. Durante praticamente as mesmas horas – entre as 14h de terça-feira e as 2h de quarta-feira – o trânsito vai estar proibido no troço entre a Rua Alberto Aires de Gouveia e a Vicente José de Carvalho, Campo dos Mártires da Pátria, Rua de S. Filipe de Nery, Rua das Carmelitas, Rua dos Clérigos, Praça da Liberdade, Avenida dos Aliados e Praça do General Humberto Delgado.

Nesses dois dias, o estacionamento é proibido nos dois lados da Rua Jorge Viterbo Ferreira e na Restauração, no troço entre a Rua Jorge Viterbo Ferreira e a Alberto Aires Gouveia.

Na noite de quarta-feira há música para todos os gostos. No Coliseu do Porto decorre o XVIII Festival Ibérico de Tunas Académicas (FITA). No queimódromo, os ritmos são africanos e protagonizados por B4 Los Compadres e Anselmo Ralph.

Música, teatro e dança vão ainda estar em palco no Sarau Cultural. Na quinta-feira, vários grupos académicos constituídos por estudantes do Porto apresentam os seus talentos na tentativa de manter vivas algumas da tradições académicas. Os Xutos e Pontapés trazem os seus êxitos ao palco do queimódromo e são precedidos pelos coimbrenses The Walks.

Na sexta-feira, os finalistas arranjam-se a preceito para o Baile de Gala no BH Foz, que celebra o fim do seu percurso académico. Para além desse evento, a festa continua – para todos – em Matosinhos com a música electrónica de Mike Hawkins e Blasterjaxx.

O Rally Paper, no sábado, propõe que os seus participantes respondam a várias perguntas de cultura geral, provas técnicas e outras tarefas ao mesmo que tempo que percorrem, de carro, as ruas da cidade. Depois, seguindo a tradição inglesa, é tempo do Chá Dançante. Perto das 17h (17h01, porque por aqui não há horas certas), os estudantes no penúltimo ano do curso têm prioridade para uma programação tão extensa que dura até à ceia. No último dia de festa no queimódromo, Time (Better Not Stop) dos portugueses We Trust e Impossible do inglês James Arthur são os espectáculos em palco. No entanto, como todos os dias, depois dos concertos, a noite prolonga-se até de manhã nas várias barracas que preenchem o recinto.

No início da tarde de domingo, na Praça de Touros da Póvoa de Varzim, há Garraiada protagonizada por estudantes universitários que tentam fazer a pega do pequeno bezerro. A actividade tem sido contestada tendo sido criada, este ano, uma petição online que pedia que deixasse de existir. No entanto, apesar de no mês passado o requerimento contar com mais de 2500 assinaturas, a Garraiada vai realizar-se.

Até 10 de Maio, durante as noites de queima, das 21h às 7h, a Estrada Interior da Circunvalação vai estar intransitável numa extensão de cerca de 600 metros para nascente da Praça Cidade do Salvador. Também aí vai ser impossível estacionar o carro.

Texto editado por Ana Fernandes