Sector móvel abranda e relógios inteligentes vão vender pouco, prevê IDC

Sistema Android deverá terminar o ano com uma quota de 82% do mercado.

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Lucas Jackson/Reuters

Já arrancaram as habituais previsões para o próximo ano. A empresa de análise IDC publicou um relatório com o que considera serem várias tendências para 2015, entre as quais uma desaceleração dos telemóveis e tablets, e muito entusiasmo, mas poucas vendas, em torno de acessórios tecnológicos como os relógios inteligentes.

A IDC estima que as vendas de telemóveis e tablets vão representar 484 mil milhões de dólares (391 milhões de euros) no próximo ano, representando 40% de todos os gastos em tecnologias de informação, quando excluídos os serviços de telecomunicações. Porém, a IDC deixa o aviso: “Os dispositivos e aplicações móveis vão continuar a avançar em 2015, mas não ao ritmo frenético visto nos anos recentes”. O download de aplicações deverá também abrandar. As marcas chinesas, diz ainda a empresa, deverão conseguir uma quota significativa do mercado.

Já os relógios inteligentes e demais dispositivos que podem ser usados como acessórios vão registar “uma explosão de inovação, embora as vendas de unidades venham a desapontar”. Esta é uma categoria de produto que várias marcas, da Samsung à Apple, estão a tentar massificar – mas que, por ora, apela apenas a um nicho de consumidores.

Por outro lado, os serviços online para empresas vão continuar a ser adoptados. A IDC antecipa parcerias nesta área entre gigantes como o Facebook e a Microsoft ou a IBM e a Amazon com a HP.

Num outro relatório, também publicado nesta terça-feira, a IDC calcula que entre Janeiro e Dezembro deste ano venham a ser colocados à venda 1288 milhões de telemóveis, a maioria dos quais Android. Esta plataforma terá este ano uma quota de mercado em torno dos 82%, ao passo que a Apple ficará com 14% do mercado e o Windows Phone, com menos de 3%.

A quota de mercado da Apple sobe significativamente quando se fazem as contas à facturação e não ao número de unidades. Neste caso, os iPhones – que são telemóveis topo de gama – conseguem uma fatia de 30%, enquanto os Android (de que existem modelos de vários preços) ficam com 67%. A plataforma da Microsoft consegue apenas 2%.

Artigo corrigido: por lapso, o título referia-se a telemóveis inteligentes; a previsão da IDC diz respeito a relógios inteligentes, como está escrito no texto.

 

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