Marques Mendes chama “ditadorzinho de pacotilha” a Xanana Gusmão

Comentador social-democrata diz não ter dúvida de que expulsão de magistrados portugueses se deve a investigações a governantes timorenses.

Foto
Marques Mendes: “Isto mina brutalmente a credibilidade da imagem de Timor-Leste” Pedro Cunha (arquivo)

O antigo líder do PSD e conselheiro de Estado de Cavaco Silva chamou neste sábado “ditadorzinho de pacotilha” ao primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, devido à expulsão de magistrados portugueses.

No seu habitual comentário de sábado na SIC, Marquês Mendes começou por afirmar que Portugal sai “humilhado desta situação”. Acha, porém que o Governo de Passos Coelho agiu bem “ao ser firme” e ter colocado fim à cooperação judicial com Timor-Leste.

Mendes disse não ter dúvidas sobre as razões que levaram à expulsão dos magistrados: “Vamos ser francos, não é por causa do petróleo, é por investigações que estavam a ser feitas a políticos, a governantes e a outros altos funcionários públicos.”

Embora considere complicado que a justiça de Timor esteja a ser exercida por magistrados estrangeiros, o antigo presidente do PSD lembrou que foi aquele país quem pediu a cooperação. E, considerando a decisão timorense como uma “atitude inqualificável”, Marques Mendes acrescentou ter “enorme pena” que esta situação tivesse acontecido, porque Xanana Gusmão era uma referência para a sua geração.

“O comportamento que ele [Xanana] está a ter é a de um ditadorzinho. É um ditador. Um ditadorzinho de pacotilha. Além do mais, isto mina brutalmente a credibilidade da imagem de Timor-Leste”, concluiu.

Sugerir correcção
Ler 24 comentários