Queixa na Provedoria de Justiça contra turma de ciganos

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A Provedoria de Justiça recebeu na quarta-feira uma queixa relacionada com a constituição de uma turma só com alunos de etnia cigana na Escola Básica do 1.º Ciclo dos Templários, em Tomar. A assessoria de imprensa do provedor José Francisco de Faria Costa confirmou ao PÚBLICO que a queixa invoca “a violação da igualdade na constituição da referida turma”.

Segundo a mesma fonte, "foi aberto processo".

Tal como o PÚBLICO noticiou, a turma é composta por alunos de etnia cigana com idades entre os 7 e os 14 anos. Os pais mostraram-se indignados com a decisão da escola e consideraram-na discriminatória.

Já o director do agrupamento, Carlos Ribeiro, negou qualquer intuito discriminatório por detrás desta concentração de alunos de etnia cigana. “Criámos uma turma mais pequena com meninos que são repetentes”, adiantou, para explicar que a ideia foi “tentar precisamente que eles progridam e não fiquem a marcar passo, como tem acontecido em anos anteriores”.

Aquilo que o director considera ser uma forma de apostar em alunos “com muitos problemas de assiduidade” suscita contudo dúvidas. O Ministério da Educação diz que já pediu informações à escola. E o Alto Comissariado para as Migrações fez o mesmo.

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