Lobo Xavier é a favor da alienação rápida do Novo Banco

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Lobo Xavier e Pires de Lima foram os únicos centristas que vieram a público defender o modelo de venda rápida do Novo Banco. Rui Gaudêncio (arquivo)

O antigo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier é a favor da solução de vender o mais rapidamente possível o Novo Banco e defende que só se conseguem minimizar os prejuízos com uma nova administração que esteja “entrosada com o espírito do modelo” adoptado.

“Eu percebo que queiram uma solução rápida para o banco. Sou a favor, sendo este o modelo”, afirmou o comentador político aos jornalistas, à margem de uma sessão de formação de jovens do CDS-PP, que decorre até domingo em Peniche.

Na perspectiva do antigo líder parlamentar dos centristas houve um desencontro entre o que pretendia a equipa liderada por Vítor Bento – a “reconstrução do banco” - e a solução que o governador do Banco de Portugal e o Governo queriam que é a de vender o mias rapidamente possível a instituição bancária nascida a partir dos activos bons do BES.

Lobo Xavier considera que só se consegue minimizar os prejuízos desta mudança na gestão do banco “com uma nova administração que esteja entrosada com o espírito do modelo”. E este episódio na vida do novíssimo banco “não é mais um bom momento bom”. “Não estamos a viver momentos bons no BES”, admitiu.

A posição do centrista pode não andar muito longe do que pensam alguns dos actuais dirigentes do partido. Mas, oficialmente, o CDS-PP não quer comentar o assunto nem se quer envolver, apesar de o ministro centrista António Pires de Lima ter defendido na sexta-feira a alienação rápida do Novo Banco.

Os centristas querem manter o caso na esfera do Banco de Portugal, instituição de que costumam ser muito críticos, sobretudo por causa da função de supervisão. 

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