Eleições federativas: o primeiro round do combate das primárias no PS entre Seguro e Costa

A 22 dias das primárias, os socialistas estão a escolher os representantes distritais. Uma boa parte dos militantes já votou esta sexta-feira, outros vão fazê-lo este sábado.

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António Galamba (ao centro) disputa a FAUL a Marcos Perestrello Enric Vives-Rubio

O primeiro round do combate socialista entre António José Seguro e António Costa começou esta sexta-feira, com os militantes a escolher os representantes distritais do partido. Mas apenas 12 federações foram a votos, as restantes vão este sábado às urnas.

A Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), onde estão em confronto duas listas, está a votar esta sexta-feira, enquanto o Porto, a maior distrital do país, só este sábado vota. Na FAUL, onde nos últimos dias se assistiu a uma escalada de crispação, o combate é entre Marcos Perestrello (que está com António Costa) e António Galamba (próximo de António José Seguro). No Porto, José Luís Carneiro é candidato único.

Além de Lisboa, há hoje eleições em Aveiro, Bragança, Beja, Évora, Federação Regional do Oeste (FRO), Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Setúbal e Viana do Castelo. Este sábado há eleições no Algarve, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Vila Real, Viseu e Porto.

Das 19 distritais, a federação de Santarém -  onde o frente a frente é entre António Gameiro (pró-Seguro) e Maria do Céu Albuquerque (conotada com Costa) - é a única que terá votações a decorrer nos dois dias. Maria do Céu Albuquerque denunciou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, “um conjunto de irregularidades” no processo eleitoral, revelando que o cálculo dos militantes para as listas candidatas ao congresso federativo não teve por base os cadernos eleitorais definitivos.

Na maioria das federações haverá duas listas. Setúbal é a única estrutura onde há duas mulheres em confronto: Madalena Alves Pereira (que está com o secretário-geral) e Ana Catarina Mendes (apoiante de António Costa, de cuja candidatura é directora de campanha).

Ensombradas por acusações de irregularidades no pagamento de quotas, as eleições em Braga - a terceira maior federação do partido - estão a gerar alguma expectativa. Os militantes vão este sábado escolher entre Joaquim Barreto (Costa), e Maria José Gonçalves (Seguro).

Também na FRO (Federação Regional do Oeste) estão  em confronto dois projectos, um protagonizado por Carlos Miguel (Costa) e outro por José Tomé, que não declarou apoio a nenhum dos candidatos.

O frente a frente em Leiria é entre António Sales (pró-Seguro) e José Miguel Medeiros (apoiante de Costa). Em Viana do Castelo há dois apoiantes do líder do partido à espera de ocupar a presidência da distrital: José Manuel Carpinteira e o deputado Jorge Fão. Já em Bragança, o desafio é entre um apoiante de Seguro, o deputado Mota Andrade, e uma apoiante de Costa, Berta Nunes, presidente da Câmara de Alfândega da Fé.

O também deputado Pedro Nuno Santos bater-se-á para permanecer à frente da distrital de Aveiro, cuja presidência será também disputada por Gonçalo Fonseca, que está do lado do secretário-geral do PS.

Mas nestas eleições há mais dois deputados a ir a votos. Hortense Martins, que se vai candidatar e à presidência da distrital e Castelo Branco, e Mário Ruivo (pró-Costa), que apresenta uma lista à distrital de Coimbra, actualmente liderada por Pedro Coimbra, que se recandidata.

Hortense Martins vai disputar a liderança da federação de Castelo Branco com João Paulo Catarino. Ambos estão ao lado do presidente da Câmara de Lisboa na corrida das primárias.

Os socialistas José Albano Marques e Pedro Carmo (ambos alinhados com Seguro) concorrem às distritais da Guarda e de Beja, enquanto Luís Testa e Capoulas Santos (que declararam apoio a Costa) são os candidatos em Portalegre e Évora.

Já a distrital de Vila Real, liderada por Rui Santos, vai mudar de mãos. Apoiante de Seguro, Francisco Rocha é candidato único, tal como acontece na federação algarvia onde António Eusébio (apoiante de Costa) sucede a António Eusébio.

As eleições federativas são encaradas como um primeiro medir de forças no terreno socialista entre Seguro e Costa, antes do grande combate definitivo das primárias de 28 de Setembro, abertas a simpatizantes do PS.


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