Mercado de Arroios, em Lisboa, vai ser requalificado

Remodelação vai custar 800 mil euros e deve estar concluída até ao início de 2016. Objectivo é transformar o espaço num mercado multicultural.

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Pedro Cunha/Arquivo

O mercado lisboeta de Arroios vai ser alvo de uma requalificação a partir de Setembro e a junta quer transformá-lo num espaço multicultural, disse nesta sexta-feira à Lusa a presidente da junta de freguesia, Margarida Martins.

A autarca explicou que o mercado "está para entrar em obras" há vários anos, mas só agora a junta e a Câmara de Lisboa o vão remodelar, ao abrigo do Programa de Investimento Prioritário em Acções de Reabilitação Urbana (PIPARU). A intervenção vai ter um custo total de 800 mil euros tem como objectivo fazer com que "as pessoas voltem ao mercado", disse Margarida Martins.

O espaço, que actualmente está "muito degradado", vai ser "todo remodelado" até ao final de 2015 ou início de 2016, acrescentou a autarca. Por se tratar de um edifício com vários anos, vai ser limpo e pintado de novo. Os equipamentos de ar condicionado também serão retirados por estarem danificados.

Um dos objectivos desta requalificação é "ter comerciantes novos e lojas novas", referiu Margarida Martins, indicando que já existem interessados em comercializar gelados e sumos detox (desintoxicantes). As novas lojas poderão ser também para venda de marroquinaria e de especiarias. Já se pondera transformar o espaço num "mercado multicultural", devido às cerca de 60 nacionalidades presentes na freguesia, nomeadamente de comerciantes da China, Nepal, Brasil e Marrocos, segundo a autarca.

Paralelamente, em Outubro ou Novembro, a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) começará a construir um parque ao lado do Mercado de Arroios, adiantou Margarida Martins.

O Mercado 31 de Janeiro, também pertencente à freguesia de Arroios, teve uma intervenção semelhante e será re-inaugurado a 15 de Setembro. Segundo a autarca, o que se fez foi "passar o que estava no primeiro andar para o rés-do-chão", para que o peixe, a carne e as flores ficassem "todos juntos".

O espaço, que anteriormente estava dividido e com metade das lojas fechadas, fica agora com o segundo andar livre, no qual deverá nascer uma zona com restauração, lojas, espaço para concertos e divertimento para crianças, aplicando um conceito semelhante ao do Mercado de Arroios, isto é, de um mercado internacional.

Segundo Margarida Martins, a diferença está no espaço, que neste caso é "mais pequeno" e, por isso, não pode ter tantas bancas como o de Arroios. A intervenção representou um investimento de 40 mil euros para a junta, 25 mil dos quais destinados à recuperação de equipamentos e o restante à passagem dos comerciantes para o piso 0.

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