Apesar da crise no GES, bolsa ficou no verde

Numa semana marcada pela implosão do Grupo Espírito Santo (GES), o principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI 20, conseguiu uma valorização de 4,03%.

A crise no grupo familiar tem vários impactos na bolsa, entre os quais a redução do índice de referência a 19 títulos, na sequência da retirada da Espírito Santo Financial Group (ESFG) . Esta sociedade, que detém 20,1% no Banco Espírito Santo (BES), foi a terceira entidade do grupo a pedir gestão controlada, no Luxemburgo, onde tem sede.

Este passo prejudica o BES, porque o impede de accionar, no imediato, a garantia de 700 milhões de euros que a holding teria constituído para fazer face ao incumprimento de papel comercial subscrito por clientes particulares e que a instituição garante que serão reembolsados.

O papel comercial foi emitido pelo Rioforte e pela Espírito Santo Internacional, entidades que já antes tinham avançado com pedidos de gestão controlada.

As acções do BES sofreram uma queda de 7,6% na sessão de sexta-feira, na sequência dos desenvolvimentos na ESFG, mas o saldo semanal foi positivo em 7,17%. O ganho foi suportado pela entrada de investidores institucionais no título, como foi o caso da Goldman Sachs, que passou a deter uma participação de 2%, o que gerou uma valorização de 14% na passada quarta-feira.

Entre as maiores subidas da semana e a recuperar de quedas anteriores esteve a Teixeira Duarte, com uma valorização de 22,45%. Seguiu-se o BCP, que valorizou 15,4%, em resultado dois bons resultados do aumento de capital realizado pela instituição. Em condições de alguma turbulência no mercado, o banco arrecadou 2250 mil milhões de euros, que serão maioritariamente utilizados para se libertar da ajuda estatal. Entre as subidas destaque ainda para o BPI  (8,5%) e a Mota-Engil (9,3%). Em queda fecharam apenas três títulos: a Impresa, a Nos e a Altri. Rosa Soares

 

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