Saldos de verão atraem menos consumidores do que em 2013

Estudo do Ipam conclui que apenas 77% dos inquiridos vão aproveitar a época de baixa de preços para fazer compras.

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Indicador de confiança dos consumidores abranda ritmo de queda. PÚBLICO/Arquivo

Os saldos de verão deverão atrair menos consumidores este ano e, consequentemente, gerar menos receitas para as lojas, revela um estudo do IPAM divulgado nesta sexta-feira. A compra de vestuário encontra-se no topo da lista.

Muitas lojas já estão em fase de promoções, mas oficialmente a época de saldos de verão arranca apenas no próximo dia 15 de Julho. No entanto, de acordo com um estudo do Ipam, uma escola superior direccionada para o ensino nas áreas do marketing, prevê-se que apenas 77% das pessoas vão aproveitar a redução de preços para realizar compras, sendo que na sua maioria (55%) os gastos vão variar entre os 100 e os 300 euros.

De acordo com um inquérito realizado pela instituição, em 2013, 89% dos inquiridos referiram efectuar as suas compras em época de promoções e saldos. Sendo que apenas 8% das pessoas inquiridas alegavam que não iriam realizar compras neste período. Valor que este ano se apresenta mais elevado (18%), o que significa que cerca de uma em cada cinco pessoas inquiridas vai evitar gastar dinheiro nas lojas. O facto de os preços serem pouco apelativos é uma das principais razões apontadas para esta escolha a aliar à “falta de qualidade dos produtos disponíveis”.

A opinião é precisamente a contrária para 71% dos que admitem fazer compras nos saldos de verão. Para este grupo, os “preços apetecíveis” são a principal motivação seguida da atractividade das campanhas.

O estudo revela ainda que 2% dos inquiridos só compra em época de saldos e 3% em altura de promoções.

Esta menor adesão aos saldos terá naturalmente reflexo nas receitas das lojas, que o Ipam prevê que desçam este ano, até porque a maioria dos consumidores (53%) tenciona gastar menos dinheiro do que em 2013. De acordo com o estudo, cerca de um terço dos inquiridos (31%), revela que não irá gastar mais do que 100 euros.  Apenas uma percentagem mínima de pessoas (3%), pretende gastar mais de 500 euros em compras nos saldos de verão.

O inquérito concluiu ainda que o vestuário se encontra no topo da lista de compras dos consumidores portugueses, com 35% dos inquiridos a apontarem este tipo de produtos como o mais procurado na época de saldos de verão. Seguem-se os sapatos, com 32%. Os livros aparecem em terceiro lugar na lista de preferências, com uma percentagem de 17%. Os jogos electrónicos são os que revelam uma menor preferência (1%). Na sua maioria, as compras deverão ter como destinatário os próprios consumidores (40%) e os filhos (36%).

O estudo do Ipam foi realizado entre os dias 25 de Junho e 4 de Julho na zona do Porto. A amostra para esta análise foi composta por 365 indivíduos entre os 18 e os 67 anos. No que diz respeito à situação profissional dos inquiridos, na sua maioria encontram-se a trabalhar por conta de outrém (47%), 17% estão reformados e 14% encontram-se em situação de desemprego.

 Texto editado por Raquel Almeida Correia
 

 

 

 

 

 

   





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