E-Njoint: o charro electrónico criado pelos holandeses

Empresa E-Njoint garante tratar-se de um "produto legal", livre de THC, a principal substância activa da marijuana. Já é possível encomendar os charros online

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E-Njoint

Depois do cigarro electrónico, chegou o charro electrónico — “o primeiro” do mundo segundo a empresa holandesa E-Njoint, que anunciou este mês a invenção. O dispositivo apresenta uma luz verde e o símbolo da folha de cannabis e é apresentado em versões descartável e recarregável, podendo esta última ser carregada com cannabis líquida ou ervas secas.

A empresa com sede em Delft garante tratar-se de um “produto legal” já que os cigarros não contêm THC, a principal substância activa da marijuana. O produto — que também não contem nicotina ou toxinas — é feito a partir de componentes naturais e vapor de água e tem para já seis sabores diferentes disponíveis, informa o fabricante com vários lojas abertas na Holanda e uma loja online que envia para toda a Europa.

"A Holanda é conhecida no mundo pela sua atitude tolerante e liberal para as drogas leves e a introdução deste novo produto é claramente uma afirmação”, disse o director-geral da E-Njoint, Menno Contant, ao jornal britânico The Mirror.Há dias, a empresa mostrou a sua edição especial para o Mundial do Brasil e anunciou a criação de um modelo customizável para breve. Com cerca de 10.000 charros produzidos diariamente numa fábrica em Shenzhen, na China, os holandeses dizem estar agora a dialogar com uma empresa especializada na criação de produtos para o sector da saúde.Apesar de a E-Njoint afirmar que o seu produto é "o primeiro charro electrónico do mundo", há uma empresa americana que faz um produto semelhante. A diferença é que o dispositivo da Open Vape usa como refil o óleo da folha e partes da cannabis que habitualmente não são utilizadas no processo de preparação desta erva para venda. Não há ainda opiniões sobre os benefícios e malefícios deste produto, mas a utilização do cigarro electrónico não é consensual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já admitiu ter reservas em relação à utilização deste produto argumentando que as suas inocuidade e eficácia para terminar com a dependência não estão comprovadas e a sua utilização “é vivamente desaconselhada”, lê-se num documento daquela organização publicado em Julho de 2013.Recentemente, um grupo de especialistas em tabaco, cancro e dependências e profissionais da saúde de países ocidentais vieram apelar à OMS para que esta encorajasse o uso do cigarro electrónico mais do que procurar reprimi-lo.
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