A Caixa Geral de Depósitos e a Parpública correm o risco de terem de avançar para uma oferta pública de aquisição (OPA) da Inapa, empresa pública de distribuição de papel, onde detém 43% do capital. De acordo com a edição desta terça-feira do Jornal de Negócios, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários está a analisar a questão, que surge depois de alterações da estrutura accionista da empresa.

O mesmo jornal refere que esta alteração, concretizada em Abril, veio atribuir direitos de voto a acções preferenciais adquiridas em 2011 que passam a conferir direitos de voto este ano, já que, durante dois anos, não foram pagos dividendos a essas acções. O Estado passou, assim, a deter mais de 40% dos direitos de voto, com a CGD a ter 33,02% e a Parpública 10,88%. A Caixa foi o principal subscritor das acções preferenciais emitidas em 2011.

É a soma das duas participações das empresas públicas que superam a fasquia de um terço dos direitos de voto, obrigando ao lançamento de uma OPA.

No primeiro trimestre, a Inapa conseguiu os melhores lucros de sempre, chegando aos 1,5 milhões de euros (1,1 milhões no primeiro trimestre de 2013). As vendas cresceram 33%.