Papa Francisco tirou Noé da sua agenda de quarta-feira

Produção de 90 milhões de euros com Russel Crowe estreia em Portugal dia 10 de Abril.

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Russel Crowe é Noé no novo filme de Darren Aronofsky DR

Católicos e judeus norte-americanos têm criticado o novo filme de Darren Aronofsky e, no Médio Oriente, vários países boicotaram a exibição. Agora parece ter chegado a vez de o Papa Francisco criar distância em relação a Noé: Sua Santidade desmarcou o encontro que tinha marcado para as 8h30 de quarta-feira, no Vaticano, com Aronofsky, o actor Russel Crowe e o vice-presidente da Paramount Rob Moore, avançou esta segunda-feira a revista Variety.

Com estreia marcada em Portugal para dia 10 de Abril, Noé, uma produção de 125 milhões de dólares (cerca de 90 milhões de euros), tem sido acusado de desvirtuar uma das mais conhecidas narrativas da Bíblia, abordando-a com demasiada leveza, na opinião de grupos católicos e judaicos que se têm manifestado junto às salas de exibição nos Estados Unidos.

Já países como os Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein e Koweit, proibiram o filme alegando queentra em conflito com os princípios do Islão ao figurar um dos profetas. Pelo mesmo motivos, Egipto e Jordânia estão ainda a decidir se vão manter a estreia para 28 de Março ou proibir também a exibição nos seus territórios.

Quanto ao encontro com o Papa Francisco, segundo a Variety, seria visto pela produção mais como uma estratégia promocional – uma photo-op. No entanto, segundo a mesma publicação, o Vaticano já teria avisado que cancelaria o encontro caso este se tornasse público. Terá decidido antecipar-se.

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