O Papa tem, a partir desta quarta-feira, uma revista semanal inteiramente dedicada às suas actividades e vida pessoal, Il Mio Papa (O Meu Papa). A publicação é feita em Itália e será a primeira em que Francisco é o tema central e único. A direcção da revista, que vai oferecer um poster com uma citação do Papa todas as semanas, garante que não haverá lugar ao sensacionalismo.

No mesmo dia em que o Papa disse em entrevista ao Corriere della Sera que é "um homem normal, que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como toda a gente", e que não quer ser considerado uma espécie de Super-Homem é lançada Il Mio Papa. A revista oferece ao longo de cerca de 70 páginas pormenores de intervenções de Francisco, citações, fotografias, e ainda alguns detalhes da sua vida pessoal. A publicação pertence ao grupo Mondadori, do império de publicações da família do antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.

O primeiro número teve uma tiragem de 500 mil exemplares e foi lançado com um preço inicial de 50 cêntimos.

“É uma espécie de fanzine mas claro que não pode ser algo como faríamos para os One Direction”, a boys band britânica, diz o editor da revista Aldo Vitali, ao The New York Times. Vitali, que também é editor da revista sobre televisão mais vendida em Itália, a TV Sorisi  e Canzoni, sublinha que se pretende que a revista seja “mais respeitosa e mais nobre” e que evidencie a humildade que o Papa revela perante os fiéis. “Foi por isso que lhe chamámos Il Mio Papa, porque todos têm a sensação que Francisco lhes fala individualmente”.

O editor garante que a revista não tem como objectivo o sensacionalismo e irá afastar-se dos “rumores” e de coberturas paparazzi. Ao New York Times que a publicação “não é um culto de personalidade” mas um meio para “utilizar o Papa como exemplo” do como é possível viver uma vida melhor.

Até agora, apenas o jornal diário do Vaticano L’Osservatore Romano cobria com regularidade todos os assuntos relacionados com o Papa.