Líder da distrital de Lisboa afirma que PSD nunca meteu a "social-democracia na gaveta"

Miguel Pinto Luz proclama que aquilo que o partido meteu na gaveta foi apenas a "bancarrota".

O líder da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, declarou neste sábado que o partido nunca meteu a social-democracia na gaveta, enquanto outros o fizeram com o socialismo, numa alusão à expressão usada nos no final dos anos 70 pelo líder fundador do PS, Mário Soares.

“O que pusemos na gaveta foi simplesmente a bancarrota. Nunca, por nunca, a social-democracia”, afirmou o dirigente nacional social-democrata na intervenção que fez no XXXV Congresso do PSD, noutra resposta àqueles que acusam o PSD de ter perdido a sua matriz social-democrata.

Miguel Pinto Luz responsabilizou o Estado por ter falhado e por se ter tornado numa das grandes preocupações do país, pelo que defendeu que, “no pós-troika, o Estado tem o dever de servir os portugueses”.

Declarando que “os portugueses têm o direito a ser mais do que simples remediados" e de que "não precisam de esmolas”, o líder da distrital de Lisboa disparou: “O que os portugueses precisam é que o Estado os deixe trabalhar”. “Se para isso for preciso for necessário fazer uma revisão da Constituição, que se faça; se para isso for preciso reformar o estado Social, que se reforme; se para isso for preciso impor um tecto máximo nas pensões que se imponha, porque acima de tudo está Portugal”, frisou o dirigente nacional do PSD.

Já ontem, na abertura da reunião magna do PSD, que decorre até domingo no Coliseu dos Recreios em Lisboa, Miguel Pinto Luz tinha apontado o dedo àqueles que sistematicamente criticam o partido, afirmando ter ouvido dúvidas sobre o PSD. E perguntou: “Por que não estão aqui? O PSD não está na SIC às quartas, na TVI às quintas e na RTP aos sábados. O PSD está aqui”. E terminou dizendo que “o congresso é um espaço onde não há medo das ideias”.

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