Foram assassinadas 19 pessoas por dia nas Honduras no ano passado

País com a mais elevada taxa de homicídios do mundo apresentou uma ligeira melhoria, mas as execuções tornaram-se mais violentas.

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Os cartéis de droga são responsáveis pela elevada taxa de homicídios nas Honduras nos últimos anos Daniel LeClair/Reuters

Apesar de a taxa de homicídios ter caído nas Honduras em 2013, o país da América Latina continua a registar a maior incidência de crimes violentos, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas publicado na segunda-feira.

Num país de 8,5 milhões de habitantes, morreram em média 19 pessoas por dia no ano passado, contra os 20 homicídios diários verificados em 2012. O relatório, da autoria de um instituto apoiado pela ONU e pela Universidade Nacional Autónoma das Honduras, dá conta de uma ligeira descida na ordem dos 6,5% na taxa de homicídios.

De uma taxa de 85,5 homicídios por 100 mil habitantes em 2012, o país passou para uma taxa de 79 no ano passado.

A descida do número de homicídios foi acompanhada, contudo, de um crescimento do número de “crimes atrozes, incluindo mutilações e decapitações, com corpos atirados para as ruas, aterrorizando a população”, afirmou à Reuters Migdonia Ayestas, do Observatório Nacional de Violência.

As Honduras têm sofrido com as alterações às rotas do tráfico de droga, sobretudo pela expansão dos cartéis mexicanos. O país é visto como uma porta de entrada para a droga proveniente da América do Sul e que tem como destino o México e os EUA.

A América Latina tem apresentado as mais altas taxas de homicídios nos últimos anos. Entre 2000 e 2010, a taxa de assassinatos na região cresceu 11%, enquanto na maior parte das regiões do mundo caiu ou pelo menos estabilizou.

O Presidente Juan Orlando Hernández, eleito em Novembro, prometeu mão-de-ferro sobre a criminalidade violenta e garantiu mesmo chamar o exército para controlar as ruas.

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