Alunos de Belas-Artes entraram no Ministério da Educação e exigiram falar com ministro

Os 12 estudantes do Porto acabaram por sair por volta das 18h.

Cerca de 12 alunos entraram nesta quarta-feira nas instalações no Ministério da Educação, em Lisboa, onde permaneceram durante cerca de uma hora, exigindo falar com o ministro Nuno Crato. Acabaram por sair sem incidentes, disse fonte da PSP ao PÚBLICO.

"São cerca de 12 alunos que estão lá dentro e dizem que não saem enquanto não forem recebidos pelo ministro", afirmou a meio da tarde outra fonte da PSP à Lusa.

Os estudantes da Faculdade de Bela- Artes da Universidade do Porto marcaram para esta quarta-feira uma manifestação frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, e anunciaram posteriormente, através de correio electrónico, que haviam invadido as instalações da Avenida 5 de Outubro.

Os estudantes protestam contra a degradação das condições da faculdade e o desinvestimento público no ensino superior. "Vamos ficar aqui até ser necessário", chegou a dizer à Lusa Valter Cabral, da direcção da Associação de Estudantes.

Em comunicado enviado nesta terça-feira aos meios de comunicação social, a Associação de Estudantes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (AEFBAUP) afirmou que, recentemente, os alunos do ensino superior foram convocados para o ministério para discutirem a praxe académica, e não aquilo que os alunos pretendiam ver discutido "há meses": "Os cortes no ensino superior e as dificuldades acrescidas para frequentarem os seus cursos." A AEFBAUP acrescentou que Orçamento do Estado de 2014 implicou um corte de 80,50 milhões na Educação e que o sistema de Acção Social é cada vez menos um sistema viável com que os estudantes possam contar. "Só no ano passado foram indeferidas 26.651 bolsas", diz a associação.

"Sob pretexto da praxe, procuraram acelerar formas de limitação da organização dos estudantes, ao mesmo tempo que se escondem dos verdadeiros problemas que afectam todos os estudantes (...), que só serão resolvidos com uma diferente política para o ensino superior. Tentam cortar-nos a palavra, manipulando a comunicação social, colocando estudantes contra estudantes", protesta a AEFBAUP.

 
 
 

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