Clima, corais e cérebro entre vencedores de concurso internacional de visualização científica

Os vencedores da edição 2013 do Desafio Internacional de Visualização de Ciência e Engenharia, que já vai na sua 11ª edição, foram anunciados online na quinta-feira.

<i>Correntes invisíveis nos corais</i>
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Fluxos invisíveis nos corais Vicente Fernandez/Orr Shapiro/Melissa Garren/Assaf Vardi/Roman Stocker / MIT
<i>Córtex em tons pastel metalizados</i>
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Córtex em tons pastel metalizados Greg Dunn/Brian Edwards/Marty Saggese/Tracy Bale/Rick Huganir/ Greg Dunn Design/ SfN/Universidade da Pensilvânia/Universidade Johns Hopkins
<i>Mão humana a controlar biopelículas bacterianas</i>
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Mão humana a controlar biopelículas bacterianas Lydia-Marie Joubert /Universidade de Stanford

Terra dinâmica, uma animação narrada pelo actor britânico Liam Neeson e da autoria da agência espacial norte-americana NASA, mostra como a conjugação da energia solar e do campo magnético da Terra gera os ventos e as correntes oceânicas responsáveis pelo clima terrestre. E acaba de receber o primeiro prémio, na categoria Vídeo, numa competição internacional, iniciativa anual e conjunta da revista Science e da Fundação para Ciência dos EUA (NSA).

O filme “mostra a gigantesca escala da influência do Sol sobre a Terra, do fluxo de partículas do vento solar e da fúria das ejecções de material da coroa solar aos ventos e correntes gerados pelo aquecimento solar da atmosfera e do oceano”, explica Horace Mitchell, que com a sua equipa concebeu este vídeo de quatro minutos, citado em comunicado da Associação Americana para o Avanço da Ciência, editora da Science.

Na categoria Fotografia, a distinção máxima vai para uma imagem intitulada Fluxos invisíveis nos corais, que visualiza “a beleza das micro-correntes em torno dos recifes de corais”, salienta o mesmo comunicado. “Os corais criam estes fluxos ao agitarem os diminutos cílios que possuem à sua superfície para remover os detritos e favorecer os intercâmbios de nutrientes e de gases com a água envolvente, explica o co-autor Vicente Fernandez, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT, nos EUA).

Na categoria Ilustração, o vencedor foi uma representação do córtex cerebral "em tons pastel metalizados", realizada por vários designers e cientistas norte-americanos. Também nesta categoria, a escolha do público (que votou através das redes sociais) foi para uma imagem, da autoria de Lydia-Marie Joubert, da Universidade de Stanford (EUA), que recorre a uma nova técnica para visualizar, em alta resolução, a multiplicação de bactérias nos dedos e na palma de uma mão humana, mostrando que a colonização microbiana perdura apesar da aplicação repetida de um tratamento anti-bacteriano.

Na categoria Jogos Interactivos, o primeiro lugar foi preenchido por EyeWire, um jogo de "neurociência cidadã" que permite explorar e mapear a estrutura 3D dos neurónios no cérebro.

“Os vencedores puseram em evidência a beleza dos dados científicos e trouxeram ideias novas, ao mesmo tempo que mergulhavam o espectador na ciência”, disse Monica Bradford, directora executiva da Science. O galardão reconhece esse talento notável que consiste criar visualizações e vídeos que façam pensar.”

Dezoito trabalhos, entre 227 candidatos de 12 países, foram seleccionados “pelo seu impacto visual, capacidade em termos de comunicação, frescura e originalidade.”

Um diaporama dos trabalhos premiados está disponível aqui.

Os outros quatro vídeos seleccionados estão disponíveis nos seguintes endereços:

https://www.youtube.com/watch?v=gnZEge78_78

https://www.youtube.com/watch?v=_hbgeQzmU9U&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=tIc02tFoZ40&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=YxRQ1-MI24g

 

 

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