Marinha italiana resgata mais de 1000 migrantes

Alerta dado por helicópteros de patrulha para nove embarcações sobrelotadas.

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Uma das embarcações em perigo socorridas a cerca e 220 quilómetros da ilha italiana de Lampedusa DR

A marinha italiana resgatou 1123 pessoas em nove grandes embarcações (oito insufláveis e uma barca), a cerca de 220 quilómetros da ilha de Lampedusa.

Quatro navios participaram nas operações de busca, depois de helicópteros de patrulha terem sido identificadas as embarcações sobrelotadas. A marinha disse que os migrantes vinham provavelmente da África subsariana, e que entre eles havia 47 mulheres, das quais quatro estavam grávidas, e 50 crianças.

A Itália viu mais do que triplicar a chegada de imigrantes por mar em 2013 (em relação ao ano anterior) – segundo o Governo, um “fluxo incessante e enorme”. E cerca de 2000 migrantes chegaram à costa italiana no mês passado, cerca de dez vezes o número de Janeiro de 2013.

Não é possível saber o número de pessoas que morrem a tentar esta perigosa travessia em barcos que não têm as mínimas condições e transportam muito mais pessoas do que deveriam.

Em Outubro, a ilha acordou em choque com um naufrágio que acabou com a morte de mais de 300 pessoas. Os cerca de 150 sobreviventes ficaram na ilha, no centro de recepção, tendo sido libertados apenas em meados de Janeiro. A ONU condenou esta “detenção prolongada” no centro onde os migrantes não deveriam passar mais de 48h (mas passam muitas vezes muito mais), especialmente no caso de pessoas provavelmente muito traumatizadas pelo acidente. Estes vão agora ser ouvidos na investigação ao incidente.

Os migrantes salvos esta quinta-feira deverão chegar amanhã ao porto siciliano de Augusta, onde será avaliado o seu pedido de asilo.

Em 2012, quase um terço dos pedidos de asilo em países da UE foram rejeitados. Itália, pelo seu lado, analisou mais de 27 mil pedidos e deu resposta positiva a mais de 22 mil.

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