Joaquim Oliveira diz que fusão PT/Oi é um “negócio fantástico” para os accionistas

Controlinveste garante que não vai desistir da “operação triângulo” que prevê a entrada da PT no capital da Sport TV.

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O presidente da Controlinveste afirmou nesta quinta-feira que a fusão entre a PT e a Oi é um negócio “bom para a empresa” e “fantástico para os accionistas” da operadora de telecomunicações.

“É o negócio certo para o país, é bom para a empresa e é fantástico para os accionistas”, disse Joaquim Oliveira, à margem do Congresso das Comunicações da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

Adiantando ser cedo para dizer se a Controlinveste, accionista de referência da PT, com 2,28% do capital,  irá acompanhar o aumento de capital previsto na operação de fusão, o empresário desvalorizou a transferência da sede da empresa para o Rio de Janeiro pois “a maioria das grandes empresas cotadas não sabe onde está o seu capital”.

O que interessa é que a operadora “continuará a ter quatro ou cinco accionistas portugueses de referência, liderados pelo BES”, assegurou Oliveira. Actualmente “a esmagadora maioria dos accionistas da PT já não é portuguesa”, pelo que a questão da transferência do centro de decisão para o Brasil “não se coloca, nem se discute”.

O BES foi, até à data, o único dos accionistas portugueses de referência da PT que anunciou a intenção de acompanhar o aumento de capital, de modo a ficar com uma posição entre 5% a 6% da nova empresa que resultar da fusão (tem actualmente 10,12% da PT). Se o banco for o único a reforçar o investimento (e depois da saída da CGD), a Ongoing, a Controlinveste e a Visabeira, os restantes três elementos do chamado “núcleo duro” de accionistas portugueses, repartirão pouco mais de 5% do capital da nova entidade.

Sobre a denominada “operação triângulo”, que prevê que a PT e a Zon Optimus possam partilhar capital da Sport TV (que detém os direitos televisivos sobre os jogos de futebol), cada uma com uma fatia de 25% do capital, mantendo Joaquim Oliveira os restantes 50%, o empresário referiu que “a [Autoridade da] Concorrência é que sabe porque é que o processo se está a atrasar”.

A Autoridade da Concorrência anunciou em Agosto que o processo de concentração envolvendo as três empresas tinha passado a uma fase de investigação aprofundada.

“É claro que [o atraso] nos está a penalizar, mas não vamos desistir”, adiantou.

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