Cinco mortos num atentado em autocarro na cidade russa de Volvogrado

Moscovo abriu inquérito por suspeitas de terrorismo e autoridades locais apontam o dedo a uma bombista suicida.

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O atentado é um dos piores dos últimos anos fora da região russa do Cáucaso AFP/ Ministério das Situações de Emergência da Rússia

Pelo menos cinco pessoas morreram numa explosão a bordo de um autocarro na cidade de Volvogrado, num dos piores atentados dos últimos anos fora da região do Cáucaso. As autoridades russas abriram um inquérito por “terrorismo” e fontes no local atribuem a acção a uma bombista suicida.

O atentado aconteceu pouco depois das 14h (11h em Lisboa) e feriu outras 20 pessoas, das quais sete com gravidade. Inicialmente a imprensa russa atribuiu a explosão a uma botija de gás, mas o Comité Nacional Antiterrorismo divulgou pouco depois um comunicado em que anunciava estar em curso uma investigação por “atentado terrorista, homicídio, tráfico de armas e explosivos”.

A nota não atribuiu responsabilidades, mas uma fonte local do Comité, o principal organismo antiterrorista da Rússia, contou à agência Interfax que as suspeitas recaem sobre uma mulher. “Ela converteu-se recentemente ao islão e é mulher de um chefe rebelde.” A AFP nota que as primeiras informações davam conta de seis mortos, informação que terá sido corrigida porque é política de Moscovo não incluir os suicidas nos balanços oficiais. Após a explosão, as autoridades ordenaram a suspensão da circulação de vários autocarros, revelou um responsável de uma das empresas que operam no circuito atingido.

Volvogrado, a antiga Estalingrado, situa-se 900 km a sul de Moscovo e a algumas centenas de quilómetros a norte das províncias do Cáucaso e da estância turística de Sochi, que em Fevereiro acolherá os Jogos Olímpicos de Inverno. O Presidente russo, Vladimir Putin, quer que o evento seja um símbolo do renascimento económico do país e ordenou às forças de segurança que redobrem esforços contra a rebelião que luta pela instauração de um estado islâmico no Cáucaso.

Herdeira da guerrilha separatista que lutou contra o Exército russo na Tchetchénia, a rebelião reivindicou o atentado que, em Janeiro de 2011, matou 37 pessoas no aeroporto de Moscovo e as acções bombistas contra o metropolitano da capital, que no ano anterior tinha provocado 40 mortos.

 
 

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