Cavaco Silva diz que união bancária na UE é benéfica e pede rapidez

Presidente da República volta a alertar para “custos excessivos do crédito” às PME em Portugal.

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Reuters/Vincent Kessler Cavaco participou nos dois últimos dias na reunião do Grupo de Arraiolos

O Presidente da República defendeu nesta quarta-feira que a união bancária é essencial para “combater a fragmentação dos mercados de crédito” e que os custos do crédito para as empresas devem baixar em países europeus como Portugal.

As palavras do chefe de Estado foram proferidas na conferência de imprensa conjunta da reunião do Grupo de Arraiolos, em Cracóvia, após a intervenção do presidente polaco, Bronislaw Komorowski.

“O objectivo principal da União Europeia deve ser concentrar-se no crescimento e no emprego e no funcionamento total da união económica e monetária. A implementação da união bancária é essencial para combater a fragmentação do mercado de crédito e para dissociar o risco bancário dos riscos soberanos. Na minha opinião, é imperativo que se reduzam os custos excessivos do crédito para algumas pequenas e médias empresas nalguns Estados-membros, como em Portugal, que são bastante mais elevados do que noutros países-membros”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

O chefe de Estado voltou a alertar que a crise na União Europeia, que resulta de “endividamento excessivo, público e privado, de sistemas bancários vulneráveis e desequilíbrios estruturais em alguns Estados-membros”, levou a níveis “dramáticos” de desemprego que estão a gerar descontentamento e “desconfiança dos cidadãos”.

A reunião do Grupo de Arraiolos decorreu terça e quarta-feira em Cracóvia e contou com a presença dos presidentes (sem poderes executivos) da Polónia, Portugal, Alemanha, Letónia, Finlândia, Itália e da Bulgária e da Estónia (como observadores).

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