Críticas à maioria e PS e caso Machete marcaram campanha do BE
Resumo da campanha eleitoral do Bloco de Esquerda
Ainda no que ao Governo diz respeito, Catarina Martins pediu mesmo durante a campanha a Pedro Passos Coelho para que não se fizesse “de sonso”, depois de este ter dito que uma campanha não pode ser “um exercício de eleitoralismo”.
Também António José Seguro e o PS estiveram presentes nas críticas do partido, reclamando o BE políticas de esquerda com consensos à esquerda “e não com consensos à António José Seguro”.
“Um governo de esquerda é um governo com políticas de esquerda, com consensos de esquerda, contra a austeridade, e não com consensos à António José Seguro, com a direita e a troika”, apontou o coordenador bloquista em Cascais ainda durante a primeira semana de campanha.
Mais recentemente, o coordenador bloquista pediu os votos dos socialistas “que querem uma mudança para a esquerda” e não um PS “sentado à mesa do Governo”. “Pensem bem no que António José Seguro vai fazer com os votos que recolher no dia 29. Se se vai entender com a esquerda ou se vai mais uma vez preferir as conversas, os acordos, os consensos à direita, com o Governo, em torno da política da troika”, reclamou.
O BE trouxe também para a campanha na última semana a polémica que envolve as acções da SLN do ministro dos Negócios Estrangeiros, cuja demissão é pedida pelo partido, alegando que Rui Machete “mentiu ao Parlamento”.
Reabilitação social, ensino, promoção do emprego e crescimento económico foram propostas e temas também constantes na agenda do partido nesta campanha.
O BE termina a campanha para as autárquicas de domingo com um jantar-comício na sexta-feira na Cantina Universitária de Lisboa.
O partido, que detém a presidência de uma Câmara Municipal, Salvaterra de Magos, ambiciona no sufrágio “dar um salto” e eleger mais representantes nas autarquias locais.