Seguro garante que PS não reunirá com Governo durante avaliação da troika

Partidos comentam avaliação da troika, secretário-geral do PCP considera que a instituição "não tem coração".

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Adriano Miranda

O secretário-geral do PS afastou esta segunda-feira em absoluto a possibilidade de o seu partido reunir-se com o Governo durante a presente avaliação da troika, alegando que as posições dos socialistas estão definidas e são bem conhecidas.

António José Seguro falava aos jornalistas após ter participado num debate sobre educação na Escola Secundária de Caneças (concelho de Odivelas) e depois de ter sido questionado pelos jornalistas se o PS vai reunir-se em breve com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

"Não haverá nenhuma reunião entre o PS e o Governo durante este processo de avaliação" da troika, respondeu o líder dos socialistas.

António José Seguro sustentou depois que as posições do PS em relação ao caminho económico e financeiro do país "são muito claras e bem conhecidas".

"Constam num documento de 19 páginas, que estão disponíveis para que os portugueses as conheçam. Consideramos essencial que se pare com a política de cortes, estabilizar a economia e apostar no crescimento e emprego, sobretudo com base nos futuros fundos comunitários, mais de 20 mil milhões de euros", disse.

Troika "não tem coração"
Por outro lado, o secretário-geral do PCP sugeriu hoje que a troika "não tem coração" e que são inúteis apelos ao bom senso de Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, "por muitos ajeitamentos, declarações, a apelar quase ao coração da troika, como se a troika tivesse coração e não cifrão, para resolver. A grande linha é rebaixar salários e rebaixar pensões, particularmente da administração pública", declarou Jerónimo de Sousa, numa acção de campanha autárquica, em Moscavide.

 


 

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