Quatro corpos recuperados em submarino na Índia

Marinha prossegue buscas mas hipótese de encontrar sobreviventes é reduzida.

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O submarino ficou parcialmente submerso Ministério da Defesa/AFP

Foram recuperados os corpos de quatro dos 18 marinheiros que desde quarta-feira estão presos no interior de um submarino na Índia, depois de uma explosão seguida de incêndio no equipamento militar, confirmou nesta sexta-feira a o Ministério da Defesa.

Um porta-voz da Marinha indicou que os corpos “estão severamente desfigurados e não identificáveis devido a queimaduras muito graves”. “Continuam as buscas mas é improvável que encontremos sobreviventes”, acrescentou Narendra Vispute, citado pelo Times of India.

Os corpos foram resgatados do submarino por uma equipa de mergulhadores e levados para uma unidade hospitalar militar para que se proceda à sua identificação.

Apesar de a possibilidade de encontrar sobreviventes no INS Sindhurakshak ser remota, o chefe do Estado-Maior da Marinha indiana, que já visitou o local da explosão, não quer, para já, afastar a esperança de que alguém ainda esteja vivo. “Os milagres acontecem. Pode existir uma bolsa de ar ou alguns deles conseguiram aceder a botijas”, disse DK Joshi.

A explosão a bordo do INS Sindhurakshak ocorreu pela meia-noite local de quarta-feira (20h de Lisboa), quando o submarino, alimentado por um sistema de propulsão Diesel-eléctrica, se encontrava atracado no porto de Bombaim. O submarino ficou parcialmente submerso.

A Marinha indiana não avançou ainda o que terá provocado a explosão.

O acidente acontece após o lançamento do primeiro porta-aviões concebido e construído na Índia e quando se iniciam os ensaios para o primeiro submarino nuclear do país. Estes foram os passos mais recentes dados pela Índia para modernizar o seu equipamento militar, grande parte ainda da altura da antiga União Soviética.

INS Sindhurakshak, adquirido pela Índia em 1997, tinha sido renovado e modernizado há um ano por uma empresa russa. Um porta-voz da sociedade russa Zviezdotchka, que procedeu à renovação do submarino, indicou à agência Ria Novosti que o equipamento estava “operacional” e que nenhum problema tinha sido detectado pela Marinha indiana após a entrega do submarino, em Janeiro deste ano.

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