Schauble vai a Atenas levar mensagem de apoio à Grécia

Ministro das Finanças alemão visita o pais nesta quinta-feira.

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Wolfgang Schauble leva na mala programa de apoio às empresas. Johannes Eisele/AFP

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, realiza uma vista a Atenas, esta quinta-feira, que Berlim quer que seja entendida como uma mensagem de apoio à Grécia e não como uma orientação germânica sobre a forma de aplicar as reformas.

Segundo fontes da delegação alemã, para destacar este apoio, Schauble vai oferecer à Grécia um programa bilateral de apoio financeiro às Pequenas e Médias Empresas (PME), parecido com o acordado entre a Alemanha e Espanha, que poderá ascender a 100 milhões de euros.

Como primeiro passo, Schauble vai assinar esta tarde um memorando de entendimento no ministério das Finanças, para assentar as bases legais para poder materializar este crédito, condicionado ao cumprimento das obrigações por Atenas.

A referida ajuda financeira vai ser canalizada através do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) para uma entidade similar na Grécia, mas que ainda é necessário criar, pelo que a ajuda efectiva vai atrasar-se ainda alguns meses.

A visita do ministro alemão ocorre horas depois de parlamento grego aprovar esta madrugada um novo pacote de medidas exigidas pela troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para continuar a transferir fundos para financiar o país.

Entre as medidas estão o despedimento de quatro mil funcionários públicos este ano e 11 mil em 2014. Outros 25 mil empregados públicos, a metade dos quais antes de Setembro, deverão entrar este ano no esquema de reserva laboral que pressupõe o recebimento de apenas 75% do salário base durante oito meses, enquanto se decide se são recolocados ou despedidos definitivamente.

O Governo grego de Antonis Samaras proibiu quaisquer concentrações nas ruas por onde vai passar a comitiva do ministro alemão.

A vista de Schauble começa com um discurso perante empresários gregos e prosseguirá com reuniões com Samaras, o vice-primeiro-ministro, Evangelos Venizelos, e os titulares das Finanças e do Desenvolvimento.

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