PSD elogia investimento, PCP diz que é mais austeridade

Partidos reagem entre o aplauso e a crítica às medidas anunciadas pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

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PCP e BE defenderam nesta quinta-feira que a conferência de imprensa do ministro de Estado e das Finanças, que anunciou ter chegado o "momento do investimento", é "propaganda" que vai esbarrar na austeridade. Já o PSD elogia um pacote de incentivos ao investimento sem paralelo em Portugal.

"O investimento por parte das empresas só se concretizará se houvesse a expectativa de que ia aumentar a procura. Essa expectativa não existe porque o Governo aplicou ao longo dos últimos dois anos um conjunto muito duro de medidas de austeridade", disse o deputado comunista na Assembleia da República.

Vítor Gaspar tinha anunciado diversas medidas de incentivo fiscal ao investimento, "depois da diminuição do défice orçamental e da estabilização financeira, no Ministério das Finanças.

Para Paulo Sá, o Executivo "apresentou recentemente um novo pacote de austeridade, contribuindo para reduzir o rendimento disponível dos portugueses e, dessa forma, o investimento que o Governo espera não se concretizará".

"As empresas não têm a quem vender os seus bens ou serviços e, portanto, não irão fazer o investimento que o Governo espera que elas façam", afirmou, classificando o anúncio governamental como "mais uma operação de propaganda do Governo", um "filme já visto antes".

Tabém do lado do Bloco, o lider parlamentar Pedro Filipe Soares considerou a conferência de imprensa do ministro "uma super propaganda e nada mais que isso. O Governo a tentar dizer que virou a página, mas continuando sempre a escrever a mesma política de cortes e de austeridade".

Pelo PSD, ouviram-se elogios, com o deputado Paulo Batista Santos  a     a referir-se a um pacote de inecntivos ao investimento "sem precedentes".

"O Governo irá concretizar um pacote de incentivos ao investimento sem precedentes em Portugal no que se refere quer à abrangência quer ao montante do incentivo fiscal a conceder ao investimento", considerou o deputado do PSD.

"Estas medidas não conhecem paralelo recente e, em nossa opinião, são decisivas para relançar o investimento privado, tão necessário para o objetivo de promover a competitividade e o emprego em Portugal", defendeu ainda Paulo Batista Santos.

Em resposta ao social-democrata, o deputado do PS Pedro Nuno Santos contestou a eficácia de medidas de estímulo ao investimento sem "durabilidade" e sustentou que é imprescindível estimular a procura para que o investimento aumente, observando que medidas sem impacto na procura são "apenas e meramente conversa".

Segundo o deputado do PSD Paulo Batista Santos, "seria muito importante que este regime permitisse um reforço do valor do investimento dedutível à coleta de IRC, ainda durante o ano de 2013" e "uma redução da taxa de tributação efetiva em IRC para empresas que invistam, também em 2013".

"Preconizamos uma reanálise do montante elegível de investimento para poder beneficiar deste crédito, bem como estender no tempo o período para a dedução à coleta de IRC dos investimentos realizados", disse.
 

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