Berlusconi condenado a um ano de prisão, mas vai recorrer

Na quarta-feira, o processo por fraude fiscal foi anulado. Falta agora o desfecho do Rubygate.

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Berlusconi enfrenta neste mês três processos judiciais diferentes Remo Casilli/Reuters

O político e empresário fora indiciado por ter publicado, em 2005, num jornal da sua rede de media (mas oficialmente propriedade de um irmão seu, Paolo Berlusconi), Il Giornale, de escutas telefónicas. Nestas são revelados dados sobre a aquisição de parte do Unipol pelo Banco Nazionale del Lavoro (BNL).

Em causa está nomeadamente a escuta de uma conversa entre o líder da esquerda na altura, Piero Fassino, e um dirigente do Unipol, Giovanni Consorte, na altura em que estavam a lançar uma OPA (oferta pública de aquisição) sobre o BNL. "Agora temos um banco", dizia Fassino a Consorte.

Paolo Berlusconi foi também condenado a três anos e três meses  de prisão. Os dois irmãos vão recorrer da sentença proferida por um juiz de Milão, o que fará com que a pena seja suspensa.

Silvio Berlusconi, líder da coligação Povo da Liberdade, que ficou em terceiro lugar nas legislativas de Fevereiro, atacou imediatamente a magistratura milanesa que, diz, o persegue. Foi em Milão que foi decidido o proceso de divórcio entre Berlusconi e a sua ex-mulher, Verónica Lario, tendo ficado fixada umapensão elevadíssima para ela. "Os juízes de Milão perseguem-me desde 1994", disse Silvio Berlusconi à estação de televisão La7.

Esta sentença foi a segunda das três que Il Cavaliere (como era tratado no início da sua carreira política) tinha para enfrentar neste mês de Março.

Na quarta-feira à noite a mais alta instância judicial italiana de recursos anulou o caso de fraude fiscal imputada à Mediatrade, uma da suas empresas que compra e vende direitos de transmissão de programas e filmes à Mediaset (o grupo de comunicação de Berlusconi).

Falta agora o desfecho do chamado Rubygate, em que Berlusconi é acusado de aliciamento de menores à prostituição.
 
 
 

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