Crato quer próximo quadro comunitário ao serviço da Educação

Ministro da Educação e Ciência reuniu em Aveiro com reitores e presidentes dos Conselhos Gerais das universidades. Modelo fundacional é para manter.

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A reunião de hoje juntou pela primeira vez o ministro, reitores e presidentes dos Conselhos Gerais das universidades Nélson Garrido

O investimento em Educação e Ciência nos próximos anos deverá ter fundos comunitários como um dos principais suportes financeiros. A solução foi defendida pelo ministro Nuno Crato, depois de uma reunião com reitores e presidentes dos conselhos gerais das universidades, que decorreu nesta quarta-feira em Aveiro.

 

O governante aproveitou também para sublinhar que o estatuto fundacional no ensino superior vai manter-se, ainda que possa ter um novo nome.

Nuno Crato deixou antever que as dificuldades do Estado em garantir o financiamento do ensino superior podem ser respondidas com uma maior afectação de verbas comunitárias.

“Está tudo em negociação, mas os fundos europeus serão uma parte substancial daquilo que vai ser investido na Ciência e na Educação", anunciou aos jornalistas à saída da reunião. O ministro explica que essa solução está ainda em negociação com a União Europeia, mas é uma possibilidade do próximo quadro de apoio.

O acesso a fundos comunitários foi um dos temas em discussão numa reunião que juntou hoje o ministro da Educação e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), à qual se juntaram, pela primeira vez, os presidentes dos conselhos gerais das universidades. À saída desse encontro, Crato garantiu que o modelo fundacional vai continuar a ser aplicado no ensino superior, ainda que possa ser reformulado.

O ministro admite que poderá haver “outro nome” para as universidades-fundação, mas garante que o Governo “não vai acabar com as fundações universitárias”. E acrescenta mesmo que o modelo existente é para “manter e aprofundar em termos de autonomia”.

A revisão do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior está praticamente terminada e será discutida em breve em Conselho de Ministros, para depois ser levada à Assembleia da República. A nova versão do diploma deverá incluir já as alterações propostas a este modelo.

A reunião foi convocada por iniciativa do reitor da Universidade de Aveiro (UA), Manuel Assunção, e foi vista como uma forma de “ouvir as ideias do ministro” mais do que encontrar soluções, anunciou o líder da UA.

 

 

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