Homens que sequestraram vice-presidente da CGD condenados a prisão efectiva

Os dois arguidos foram condenados a 13 e 14 anos de prisão por vários crimes de roubo, sequestro e burla informática.

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Arguidos estavam acusados de vários crimes Nuno Ferreira Santos/Arquivo

Dois arguidos suspeitos do crime de sequestro com recurso ao método de carjacking foram condenados nesta quarta-feira pelas varas criminais de Lisboa a 13 e 14 anos de prisão efectiva. Uma das vítimas dos arguidos foi o vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos, Norberto Rosa.

Os dois arguidos estavam acusados de vários crimes de roubo qualificado, sequestro de condutores de viaturas de luxo e burla informática.

O sequestro do administrador Norberto Rosa, actual vice-presidente da comissão executiva da CGD, ocorreu a 29 de Novembro de 2011, à noite, na Pontinha, concelho de Odivelas. Norberto Rosa foi sequestrado, obrigado pelos assaltantes a fazer dois levantamentos de dinheiro, e depois abandonado em Camarate, Loures. Depois de ter sido largado a pé junto a uma rotunda de acesso ao IP7, Norberto Rosa pediu ajuda a um homem que circulava naquele local para o transportar até à esquadra da PSP da Pontinha, onde apresentou queixa.

Além do vice-presidente da CGD, também um ex-responsável da RTP, Fernando Alexandre, foi alvo de <i>carjacking</i> pelos dois arguidos.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso, os arguidos abordavam na via pública, de forma concertada e reiteradamente, pessoas que conduziam carros de luxo para furtar violentamente todos os valores que transportassem consigo, procedendo depois ao levantamento de quantias em dinheiro, através do uso dos cartões de débito ou de crédito das vítimas.

Para o efeito, sustenta o MP, os suspeitos forçavam os ofendidos a entrar nas viaturas, onde permaneciam mediante a ameaça de armas de fogo, enquanto lhes retiravam todos os valores e lhes exigiam a revelação do código dos cartões multibanco.

Em seguida, procediam ao levantamento do dinheiro em diversas caixas Multibanco, enquanto circulavam pela cidade de Lisboa ou na zona de Loures, mantendo as vítimas sequestradas no interior das viaturas.
 
 
 
 

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