REN colocou 300 milhões de euros em obrigações

O montante vai servir para “refinanciar outros empréstimos” da gestora das redes energéticas. Empresa garante estar numa posição de financiamento confortável.

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A agência de rating Fitch iniciou a cobertura da REN Miguel Madeira

A REN colocou 300 milhões de euros de obrigações a cinco anos, uma operação para aproveitar o bom momento do mercado, que foi “um grande sucesso”, de acordo com o administrador financeiro da gestora das redes energéticas, Gonçalo Morais Soares.

Em declarações à Lusa, o responsável disse que a operação de financiamento foi “um grande sucesso”, explicando que a procura, “maioritariamente internacional”, foi o dobro da oferta.

O administrador financeiro da gestora das redes energéticas nacionais realçou que o financiamento foi obtido com um valor de cupão “agressivo”, de 4,125%, “muito abaixo do custo médio da dívida actual da REN”.

Este montante servirá para “refinanciar outros empréstimos”, acrescentou, considerando que o impacto na redução da dívida “não se vê no curto prazo”.

Gonçalo Morais Soares explicou que a REN está numa “posição de financiamento confortável”, depois de, em Outubro, ter concluído o financiamento de 800 milhões de euros com o China Development Bank, mas a empresa quis “aproveitar um bom momento do mercado”, depois da emissão de dívida pública de quarta-feira.

Ao atribuir à REN a nota de BBB dentro do grau de investimento e dois níveis acima da de Portugal, a agência de notação financeira Fitch também contribuiu para o sucesso da operação, reconheceu o administrador.

“O rating [avaliação] da Fitch de BBB foi uma notícia excelente, fazendo da REN a empresa com melhor avaliação no mercado português, no conjunto das três casas [de notação financeira]”, declarou.

Portugal tem actualmente nota de BB+ na Fitch, dois níveis abaixo do da REN.

Com esta avaliação, a Fitch iniciou esta quinta-feira a cobertura da REN, que já tem ratings da Moody’s e da S&P, de Ba1 e BB+, respectivamente. Em ambos os casos, estas notas estão no primeiro degrau fora do grau de investimento.
 
 
 

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