Novo caso de violação colectiva na Índia

Vítima foi raptada num autocarro e violada por seis homens, incluindo o motorista. Há um sétimo suspeito a ser procurado.

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Desde a morte da estudante de 23 anos foram feitas várias manifestações Diptendu Dutta/AFP

De acordo com o que as autoridades policiais avançaram à agência noticiosa AFP, a vítima é uma mulher de 29 anos que viajava no mesmo autocarro que os detidos. Já a Sky News adianta que tinha apanhado o autocarro na sexta-feira para visitar alguns familiares, tendo sido raptada e levada numa mota para uma casa em Gurdaspur, na província de Punjab.

Os seis homens, onde se inclui o condutor do autocarro, violaram-na repetidamente e depois abandonaram-na perto da localidade onde vivem os familiares que ia visitar. A polícia adiantou também que há um sétimo suspeito que a terá continuado a violar durante a noite e que está a ser procurado pelas autoridades. Quanto à extensão dos ferimentos provocados pelas violações, a polícia disse que a vítima ainda está a ser avaliada.

Na segunda-feira os seis homens acusados de terem violado durante mais de uma hora uma estudante de medicina de Nova Deli a 16 de Dezembro, que veio a morrer num hospital de Singapura, foram presentes a tribunal pela primeira vez. Correm o risco de ser condenados à pena de morte.

A sucessão de casos de violação acordou o país para este problema. Têm-se, por isso, sucedido protestos para apelar às autoridades que sejam mais vigilantes e sensíveis perante o aumento dos crimes sexuais contra mulheres. Nova Deli é considerada como a “capital das violações da Índia” – a cidade registou em 2011 mais do dobro de casos de agressões sexuais do que Bombaim, por exemplo – e as mulheres estão agora mais alerta quando andam na rua à noite ou nos transportes públicos.

A violação colectiva de Dezembro da estudante de 23 anos num autocarro em circulação e a forma como foi espancada de seguida só fez aumentar o sentimento de insegurança das mulheres. Nos dias que se seguiram à agressão de Jyoti Singh Pandey, disparou o número de mulheres a quererem fazer cursos de defesa pessoal. Segundo os comerciantes, as vendas de bombas de gás pimenta também aumentaram e subiram os pedidos de licença de porte de arma por parte de mulheres.

 

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