CGTP defende “fim do memorando” em vez da “refundação”

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Foto: Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse esta terça-feira não estar disponível para a “refundação”, mas sim para o “fim do memorando” de ajuda externa a Portugal e recusa qualquer alteração às funções sociais do Estado.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na segunda-feira um convite ao PS para uma “refundação do programa de ajustamento”, com reavaliação das funções do Estado para cortar na despesa de modo a evitar um segundo resgate a Portugal.

Questionado pelos jornalistas, na Covilhã, sobre as palavras de Passos Coelho, o líder sindical referiu que “a CGTP está disponível para continuar a exigir o fim do memorando e a fazer tudo para defender as funções sociais do Estado”.

“Os portugueses não podem pagar mais impostos e o Estado tem obrigação de continuar a prestar as funções sociais na Saúde, Educação e Segurança Social”, sublinhou.

Arménio Carlos considera que existem alternativas em relação à despesa: “não se pode cortar mais na despesa social, mas pode cortar-se nas parcerias público-privadas e nos benefícios fiscais” dos grupos económicos e financeiros.

Como exemplo, destacou que o desvio entre “os lucros líquidos dos grupos económicos e financeiros em 2009 e 2010” e o que “pagaram de IRC” ronda os “nove mil milhões de euros”, ou seja, “é aqui que tem que se actuar”.

Arménio Carlos reafirmou a ideia de que se se mantiverem as políticas do memorando de entendimento para a ajuda externa a Portugal e a proposta de Orçamento do Estado do Governo para 2013, “vamos ter um segundo resgate e com ele mais sacrifícios”.

O secretário-geral da CGTP participa hoje desde o início da manhã em plenários de trabalhadores da empresa Águas da Covilhã, dos serviços municipais, da Universidade da Beira Interior e também da fábrica de confecções Benoli.

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