Greve pode afectar transportes públicos rodoviários nos distritos de Lisboa e Santarém a partir de sexta

Os trabalhadores das empresas associadas da Barraqueiro Transportes vão estar em greve durante 48 horas, na sexta-feira e no sábado, o que pode afectar os transportes públicos rodoviários nos distritos de Lisboa e Santarém.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal emitiu um pré-aviso de greve que abrange também a segunda e terça-feira próximas e todos os feriados, a começar no de 1 de Novembro.

Devido à greve, os transportes públicos rodoviários nos distritos de Lisboa e Santarém, onde as empresas do grupo asseguram as ligações urbanas e interurbanas, poderão ter limitações.

Os mil trabalhadores convocados para a greve trabalham para 10 empresas pertencentes à Barraqueiro Transportes: Barraqueiro Oeste, Barraqueiro Alugueres, Santo António Barraqueiro, Boa Viagem, Esevel (assegura a assistência e manutenção da frota), Rodoviária da Estremadura, Frota Azul (carreiras que circulam em Lisboa), Mafrense, Ribatejana e Rodoviária do Tejo.

Segundo o pré-aviso, os trabalhadores da empresa Barraqueiro Transportes decidiram ainda avançar para greves parciais entre as 3h e as 10h entre os dias 31 de Outubro e 2 de Novembro.

Fernando Fidalgo, da direcção nacional do sindicato, explicou à agência Lusa que o objectivo da greve é lutar por um acordo de empresa que permita uniformizar as condições laborais dadas por cada uma das empresas aos trabalhadores e “eliminar discriminações e diferenças”.

“Não se justifica que haja trabalhadores que tenham intervalos para almoço até um máximo de duas horas, outros de três e outros de cinco”, exemplificou, sublinhando que a Barraqueiro Transportes tem vindo a recusar assinar o acordo de empresa, “criando mal-estar entre funcionários”.

Contactada pela Lusa, a empresa informou por escrito que “não vê qualquer justificação para a greve” e alegou que existe em vigor um contrato colectivo aplicado às empresas do sector e que os trabalhadores têm tido actualizações na remuneração, incluindo o ano passado.

A empresa aguarda que os sindicatos apresentem uma contraproposta negocial.

A Barraqueiro Transportes esclareceu também que “está a fazer todos os esforços para garantir os serviços de transporte” e evitar quaisquer constrangimentos para os passageiros, mas espera que os efeitos da greve “não tenham impacto significativo.

Os funcionários contestam também a redução das compensações pelo trabalho suplementar e dos salários, que não são actualizados desde o ano 2000. Em consequência, “os trabalhadores recebem hoje menos do que recebiam há 10 anos”.

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