Crescimento chinês abranda novamente no terceiro trimestre

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O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou hoje que está confiante na retoma do crescimento Foto: Laszlo Balogh/Reuters

Economia chinesa abranda pelo sétimo trimestre consecutivo, baixando, no final de Setembro, para 7,4% do PIB. Divulgados esta quinta-feira pelo Departamento Nacional de Estatística chinês, os números apontam para o menor crescimento anual desde 1999, já antecipado pelo Governo.

Em causa estão, sobretudo, as diminuições no consumo interno chinês e nas exportações para a Europa. Os dados do crescimento chinês para o terceiro trimestre mostram uma tendência de queda ainda mais acentuada do que os cortes que o Banco Mundial tem vindo a fazer às previsões para o crescimento total da China para 2012: em Maio, apontava para um crescimento de 8,2% e, em Outubro, para 7,7%.

Em todo o caso, os cálculos governamentais para o crescimento em 2012 apontam para um crescimento do PIB de 7,5% - que seria o menor crescimento desde 1999 -, uma meta que os responsáveis chineses esperam alcançar, apesar dos últimos resultados registados para os meses de Julho, Agosto e Setembro.

Ao Financial Times, o presidente do Departamento Nacional de Estatística chinês, Sheng Laiyun, afirmou que havia “confiança total de que [a China] vai alcançar o objectivo de crescimento”.

Com efeito, os últimos indicadores para os sectores económicos chineses parecem indicar uma possível recuperação para os níveis anteriores à desaceleração de 2012. A retoma é assumida por Sheng Laiyun, que avisa, contudo, para a probabilidade de o último trimestre do ano mostrar ainda “a modesta recuperação” dos últimos três meses.

O mercado de trabalho tem-se mostrado praticamente inalterado, um sinal importante para a saúde económica chinesa, uma vez que o maior obstáculo para o país é o consumo interno, dizem o Wall Street Journal e o Financial Times. Neste campo, o primeiro-ministro Wen Jiabao - que afirmou hoje estar confiante na retoma do crescimento - pode ter razões para ser optimista: as vendas a retalho cresceram de 13,2%, no segundo trimestre, para 14,2% até ao final de Setembro.

Para além dos dados sorridentes no mercado interno, os resultados divulgados esta quinta-feira mostram que a produção industrial chinesa teve um aumento para 9,9% em Setembro, face aos 8,9% de Agosto.

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