Vítor Gaspar diz que não há “margem de manobra” para inverter o rumo

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Vítor Gaspar diz compreender “receios e incertezas quanto ao sucesso do programa de ajustamento” Foto: Miguel Manso

O ministro das Finanças defendeu esta segunda-feira na apresentação do Orçamento do Estado (OE) para 2013 que a proposta do Governo é a única possível. E deixou um aviso: pôr em causa o orçamento é pôr em causa a credibilidade do país.

“Esta proposta para 2013 é a única possível”, disse Vítor Gaspar, defendendo que Portugal não tem “qualquer margem de manobra” para mudar o rumo. Na conferência de imprensa onde está a apresentar as linhas gerais do OE de 2013, que entregue esta tarde no Parlamento, o ministro avisou que pôr em causa o orçamento é pôr em causa o programa de ajustamento e, consequentemente, a credibilidade que diz que o país recuperou junto das autoridades internacionais.

“Não é só o nosso futuro que ficaria em causa, seria testada a viabilidade do presente de Portugal”, concluiu.

O ministro das Finanças iniciou o seu discurso com um elogio ao “esforço desinteressado” dos trabalhadores do ministério das Finanças na elaboração do orçamento, para depois defender que Portugal não pode mudar agora o rumo.

“Dada a dureza da situação, é natural que neste momento surjam receios e incertezas quanto ao sucesso do programa de ajustamento”, reconheceu Vítor Gaspar, defendendo, contudo, que recuar agora e desperdiçar todo o esforço já feito seria “incompreensível”.

O ministro recorda que no âmbito da última revisão da troika houve já um acordo para flexibilizar as metas do défice, dando mais um ano a Portugal para cumprir o limite dos 3%.

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