PS: Passos contrariou promessas eleitorais e desautorizou Portas

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Passos Coelho anunciou que o Governo está a preparar uma proposta de aumento de impostos Daniel Rocha

O PS acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro de faltar às suas promessas eleitorais e de desautorizar o ministro e líder do CDS-PP, Paulo Portas, ao anunciar um aumento dos impostos para o próximo ano.

Pedro Passos Coelho anunciou ao início da tarde que o Governo está a preparar uma proposta de aumento de impostos, incluindo o IRS, para compensar uma devolução parcial dos subsídios de Natal e de férias retirados ao sector público e pensionistas. O primeiro-ministro afirmou que “o IRS será o imposto privilegiado para o fazer”, mas adiantou que “a tributação sobre o capital e sobre o património” poderão também “ajudar a fazer esta compensação”.

Para o PS, a “novidade dada pelo primeiro-ministro é que vai aumentar ainda mais os impostos”. “As declarações do primeiro-ministro contrariam as promessas eleitorais que fez aos portugueses e desautoriza o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que rejeita um novo aumento da carga fiscal”, sustentou o secretário nacional do PS para a Organização, Miguel Laranjeiro.

O socialista observou depois que Passos Coelho, “sempre que fala aos portugueses, anuncia mais impostos”.“Hoje [no final da reunião da concertação social], nem uma palavra teve para medidas de estímulo ao crescimento económico. Este Governo anuncia sempre mais do mesmo: austeridade custe o que custar, mais desemprego e menos economia”, acrescentou o membro da direcção do PS.

Decorreu nesta segunda-feira de manhã uma reunião dos parceiros sociais com o Governo, presidida pelo primeiro-ministro. O encontro teve início às 9h. Os patrões pediram medidas alternativas ao corte da Taxa Social Única e a CGTP rejeitou “mais cortes nos salários”.

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