Construção concentra “ingredientes de uma catástrofe anunciada”

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Confederação reivindica o “imediato pagamento” das dívidas do Estado às empresas de construção Foto: Virgilio Rodrigues

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) afirmou esta sexta-feira que os aumentos do crédito malparado, do número de insolvências e do desemprego são “ingredientes de uma catástrofe anunciada” no sector.

A estrutura liderada por Reis Campos salientou num comunicado que os aumentos de 74,5% no valor do crédito malparado na construção e imobiliário, de 70,2% no número de insolvências e de 31,9 % no número de desempregados registados nos centros de emprego, são a “demonstração evidente de uma catástrofe anunciada, situação que, se não for invertida, irá colocar em causa toda a economia nacional”.

A CPCI cita os últimos dados divulgados pelo Banco de Portugal para afirmar que, no espaço de um mês, foi registado um “aumento de 494 milhões de euros no total de crédito malparado, o que traduz uma média diária superior a 16 milhões de euros, a que se soma a eliminação de 426 postos de trabalho e o desaparecimento de 29 empresas por dia”.

Neste contexto, a confederação reivindica a adopção de medidas imediatas, como o “imediato pagamento” das dívidas do Estado às empresas de construção, a dinamização da reabilitação urbana e do arrendamento, a reprogramação do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e a eliminação dos impostos, em especial do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que incidem sobre o ‘stock’ de imóveis para venda.

O sector da construção e do imobiliário representa um quinto do produto interno bruto e 720 mil postos de trabalho, segundo a CPCI.

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