JSD quer universidades financiadas em função do sucesso dos ex-alunos

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Sucesso dos diplomados deve contar para o financiamento defende a JSD Foto: Carla Carvalho Tomás/Arquivo

A Juventude Social Democrata (JSD) defendeu neste domingo a mobilidade entre escolas para alunos e professores e propôs que as universidades sejam em parte financiadas em função do sucesso dos ex-alunos.

Estas ideias foram divulgadas pela JSD após o Congresso de Estudantes, que terminou de manhã em Ansião e que contou com a participação do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.

O líder da JSD, Duarte Marques, disse que se procura alcançar “um ensino exigente, que dê ferramentas e competências para o futuro”.

É “tempo de tratar diferente quem é diferente e em função do seu empenho. Basta de artificialismos e facilitismos. Acabou o tempo em que era mais fácil passar do que chumbar, queremos uma geração mais qualificada e preparada para enfrentar o futuro”, declarou o dirigente da juventude social-democrata.

Durante o congresso, foram aprovadas várias moções para o ensino superior, com a JSD a defender a aplicação de “uma parcela do financiamento das instituições de ensino superior que seja correspondente a um por cento do IRS dos seus ex-alunos”.

O objectivo, sustenta a JSD, é incentivar as instituições “a investirem e a preocuparam-se com o sucesso e percurso dos seus estudantes”.

A JSD quer uma “aposta nos contratos plurianuais como principal modelo do financiamento”. Pretende também a alteração ao estatuto da carreira docente, valorizando na progressão na carreira o sucesso da aplicabilidade em empresas da investigação efectuada pelos professores/investigadores.

Outra proposta é a de que o período de candidaturas a bolsas de acção social escolar fique aberto todo o ano lectivo e que haja um alargamento do valor do limiar de elegibilidade para bolseiros.

O índice de empregabilidade dos últimos anos de cada curso e instituição anunciada aos candidatos ao ensino superior no acto de apresentação da candidatura ao ensino superior é outra das medidas propostas, a par da reorganização da rede, distinção clara entre universitário e politécnico.

A especialização das escolas em reduzido número de cursos, com desenvolvimento de clusters em cada região em função dessa especialização é outro dos caminhos sugeridos.

Na área do ensino básico e secundário, a JSD defende a valorização do ensino profissional e a especialização dos professores do ensino básico. Reforço da autonomia das escolas na escolha de professoras e possibilidade de alargamento do período de permanência nas escolas após colocação em concurso são outras linhas traçadas no Congresso.

A responsabilização dos pais pelo comportamento dos alunos e perda de alguns direitos sociais pela sua ausência não justificada nas reuniões de pais que a escola convoca são outras das medidas avançadas, a par da proposta de redução do número de alunos por turma.

Este foi também o Congresso “fundacional” das duas novas Coordenadoras Nacionais, a do Ensino Básico e Secundário, agora liderada por Miguel Gomes, e a do Ensino Superior liderada por Dino Alves. Como Presidente da Mesa Nacional dos Estudantes, foi eleito Bruno Barracosa.

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