Criador do Megaupload pede liberdade sob fiança mas juiz adia decisão

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A decisão foi tomada apesar de a Defesa alegar que Kim Dotcom não representa perigo de fuga Foto: Reuters

O fundador do site de partilha de ficheiros Megaupload, que foi encerrado na semana passada, compareceu hoje perante um tribunal de Auckland, na Nova Zelândia. A defesa pediu a libertação de Kim Schmitz sob fiança, alegando que não há perigo de fuga nem de reincidência, mas o juiz adiou a sua decisão.

O cidadão alemão Kim Schmitz – mais conhecido no meio por Kim Dotcom – foi detido, juntamente com três outras pessoas, na passada sexta-feira na capital da Nova Zelândia, numa operação a pedido do FBI, sob a acusação de pirataria online e lavagem de dinheiro. Kim Schmitz nega todas as acusações.

Apesar de a defesa alegar que não existe perigo de fuga (a justiça apreendeu os passaportes e os cartões de crédito de Kim Schmitz) nem de reincidência de crime, o procurador público considera que o fundador do Megaupload poderá abandonar o país de avião.

Kim Schmitz tem passaportes alemão e finlandês e residências em Hong Kong e na Nova Zelândia.

Dada a “seriedade do assunto”, o juiz decidiu adiar a decisão sobre o pedido de saída em liberdade mediante pagamento de fiança, pelo que Kim Schmitz permanecerá detido preventivamente pelo menos até amanhã.

Para além de Kim Schmitz, foram igualmente a tribunal os cidadãos alemães Finn Batato, de 38 anos e responsável técnico do site, e Mathias Ortman, de 40 anos e co-fundador do Megaupload, e o holandês Bram van del Kolk, de 29 anos.

As autoridades norte-americanas pretendem fazer o pedido de extradição de Kim Schmitz. Os procuradores federais norte-americanos acusam o site Megaupload de provocar mais de 500 milhões de dólares (386 milhões de euros) em prejuízos aos detentores de direitos de cópia.

Caso a justiça neozelandesa conceda a extradição de Schmitz e dos outros três detidos, estes serão julgados nos EUA por crime organizado, branqueamento de capitais e violação da lei dos direitos de propriedade intelectual, delitos pelos quais, se forem considerados culpados, poderão ser condenados a penas máximas de 50 anos de prisão.

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