Trabalhadores reclamam um milhão por causa do encerramento de fábrica têxtil

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Empresa operava há cerca de 65 anos Foto: Fernando Veludo/Arquivo

A mesma fonte acrescentou que só os trabalhadores “reclamam créditos de mais de um milhão de euros”, pelo que caberá ao administrador de insolvência, nomeado pelo Tribunal, promover a venda dos activos da empresa de forma a cobrir os valores em divida.

“Hoje a fábrica encerrou oficialmente”, disse ainda a fonte, após a reunião que juntou hoje vários credores no Tribunal de Judicial de Viana do Castelo.

A fábrica foi declarada insolvente no início de Outubro, a pedido da administração, depois de um primeiro indeferimento.

“A insolvência foi decretada exactamente nos moldes do pedido que esta administração apresentou. Está tudo a decorrer como previsto”, explicou Nuno Duarte, aquando do deferimento do Tribunal.

O administrador da Milopos tinha garantido, a 19 de Setembro, a intenção de apresentar um pedido de insolvência acompanhado de um plano de viabilização, que poderia recuperar uma parte dos postos de trabalho.

Sob várias designações, a “Milopos” operava em Santa Marta de Portuzelo, nos arredores de Viana do Castelo, há cerca de 65 anos.

Os 85 trabalhadores, a esmagadora maioria mulheres e com cerca de 40 anos de casa, não recebem qualquer pagamento desde Junho.

Desde que regressaram à fábrica, a 19 de Setembro e após um período de férias de um mês, as trabalhadoras afirmavam não terem nada para fazer, apesar de no passado a empresa nunca ter tido falta de encomendas.