Portugal leva à cimeira posição de “abertura”, diz Passos Coelho

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Pedro Passos Coelho Foto: Tobias Schwarz/Reuters

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou nesta quinta-feira que Portugal vai levar uma posição de “abertura” e de “flexibilidade” ao Conselho Europeu, que começa esta noite, em Bruxelas.

“Portugal deve contribuir para que uma solução seja encontrada”, disse Passos Coelho, à entrada do 20.º Congresso do Partido Popular Europeu, em Marselha, acrescentando que o país vai levar à Cimeira Europeia uma postura de “flexibilidade” e “abertura para ver todas as propostas” que forem apresentadas.

O primeiro-ministro disse também que essa postura deve seguir duas orientações: “A primeira é que não devemos acrescentar mais incerteza àquela que já hoje existe; a segunda é que é preciso encontrar uma solução no curto prazo que traga novamente estabilidade financeira, para que cada Governo possa realizar os seus compromissos de médio e de longo prazo.”

“A preocupação é a de não acrescentar mais dúvidas àquelas que já hoje existem. Qualquer alteração profunda do Tratado de Lisboa gerará mais incerteza do que a que existe hoje”, acrescentou o primeiro-ministro.

“Criar a confiança suficiente no mercado”

Passos Coelho considerou que entre as medidas mais urgentes a tomar pelos 27 estão “implementar as decisões já tomadas em conselhos anteriores e em cimeiras da zona euro” e “criar a confiança suficiente no mercado para permitir o regresso da estabilização financeira”.

Só que isso, acrescentou ainda, exige dinheiro: “A maior parte dos Estados, hoje, não tem somas, do ponto de vista financeiro, que possam ser suficientemente dissuasoras. Temos que encontrar aqui uma forma de responder a esse desafio, que não foi possível até hoje.”

Pedro Passos Coelho junta-se nesta quinta-feira em Marselha a Durão Barroso, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, entre outros chefes de Estado e de Governo da Europa, assim como a Mariano Rajoy, vencedor das últimas eleições espanholas, no 20.º Congresso do Partido Popular Europeu. A intervenção do primeiro-ministro português na sessão de trabalho está prevista para as 15h.

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