Utentes prometem “resposta à altura” à introdução de portagens nas Scut

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Endividamento da Estradas de Portugal será, segundo o Governo, de 21 mil milhões de euros em 2030 Nelson Garrido

A comissão de utentes contra as portagens nas auto-estradas A23, A24 e A25 assegura que será dada uma “resposta à altura” ao anúncio do Governo de introdução de portagens nas Scut até ao final de Outubro.

Francisco Almeida, da comissão contra as portagens nestas três auto-estradas (actualmente a funcionar como vias sem custos para o utilizador), considerou o anúncio do ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira um “afronta” e uma medida “injusta” a que as populações afectadas, disse, darão resposta.

A comissão tem estabelecido um “calendário de luta” com diversas iniciativas nos quatro distritos (Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco), como a recolha de assinaturas para enviar ao primeiro-ministro, um pedido de audiência ao Presidente da República e uma “prova no terreno” de que não existem alternativas “minimamente aceitáveis” às A23, A24 e A25.

Um das iniciativas, aquela que a comissão entende que vai “provar a ausência de alternativas”, é uma viagem entre Viseu e Aveiro pela EN 16 (estrada nacional), com um autocarro e um camião pesado, no próximo dia 14. Para segunda-feira, em Viseu, está prevista uma segunda recolha de assinaturas em frente à Loja do Cidadão.

Álvaro Santos Pereira anunciou hoje no Parlamento a introdução de portagens nas Scut, dizendo que, mesmo assim, o endividamento da Estradas de Portugal será em 2030 de 21 mil milhões de euros. “É insustentável”, afirmou.

O governante anunciou igualmente a renegociação dos contratos de introdução de portagens em todas as SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) e o cancelamento e suspensão de vários troços.

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