Governo chinês combate pirataria

O vice-ministro do comércio chinês defendeu hoje que as buscas e apreensões realizadas nos últimos nove meses tornaram a pirataria um problema menor no gigante asiático.

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Levar as autoridades centrais a utilizarem software legal nos computadores é um dos próximos passos. Pedro Cunha

“Pode dizer-se que ainda existem problemas com direitos de propriedade intelectual na China, mas eu não defendo a ideia que estes sejam extremamente sérios”, disse hoje o vice-ministro do comércio chinês, Jiang Zengwei, citado pela Reuters.

Numa conferência de imprensa que marca o fim de nove meses da campanha governamental contra as infracções aos direitos de propriedade intelectual, Jiang Zengwei afirmou que a “caça” à pirataria teve resultados práticos. Segundo o responsável chinês, a polícia fechou 12.854 fábricas ilegais que produziam bens pirateados e falsificados, e prendeu 9031 suspeitos desde o início das buscas, em Outubro.

Depois de o governo chinês ter anunciado que, desde Maio, todos os computadores dos órgãos do governo central utilizam software legal, Jiang espera que a prática se dissemine aos governos locais, que “devem incluir nos seus orçamentos dinheiro para adquirir software legal”.

“O governo vai formular políticas e regulamentos sobre a legalização de software dentro do governo e empresas estatais e vai, gradualmente, criar um mecanismo a este respeito”, assegurou Jiang.

Os Estados Unidos são um dos principais países lesados pela prática de crimes contra os direitos de propriedade intelectual na China. Estima-se que em 2009, a pirataria e contrafacção na China de software e outros materiais de propriedade intelectual custaram às empresas norte-americanas cerca de 48 mil milhões de dólares (aproximadamente 34,4 mil milhões de euros) e 2,1 milhões de postos de trabalhos, segundo dados divulgados em Maio pela International Trade Comission dos Estados Unidos.

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