Grupo que detém o Minipreço afunda quase 8,5% no primeiro dia na bolsa de Madrid

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Em Portugal, o Minipreço/Dia tem 539 lojas Nelson Garrido

A rede de supermercados espanhola Dia – que, em Portugal, detém a cadeia Minipreço/Dia – entrou hoje na bolsa de Madrid com as acções a um preço inferior ao que o Carrefour pretendia colocar no mercado. Os títulos caíram mais de cinco por cento na abertura, recuperaram durante algumas horas, mas fecharam a deslizar próximos dos 8,5 por cento.

Apesar do tombo logo na estreia na praça madrilena, a cadeia de retalho (controlada pelo Carrefour) conseguia a meio da tarde estar na 25.ª posição entre as empresas espanholas com maior capitalização.

Cada uma das 680.000.000 acções colocadas em bolsa tinha um preço base indicativo de 3,5 euros (abaixo do esperado pelos accionistas do Carrefour) e, embora até ao início da tarde tenham estado a valer 3,45 euros, afundaram para 3,2 euros. Esta quebra corresponde a uma descida dos títulos de 8,46 por cento.

A entrada em bolsa não é bem vista por alguns accionistas do Carrefour – a estratégica ida para a praça madrilena foi aprovada, em Junho, em assembleia-geral por 77 por cento dos accionistas. Hoje, o contraste entre o comportamento bolsista da filial espanhola e do Carrefour era evidente: em Paris, as acções do grupo francês avançavam cerca de quatro por cento.

Ao mesmo tempo que aposta na entrada em bolsa, o Dia quer crescer em mercados emergentes que já representam boa parte da totalidade das vendas do grupo. Brasil, Argentina, Turquia e China contribuem com 22 por cento das vendas e o objectivo é que o reforço nestes países impulsione os resultados subindo em sete por cento nas receitas por vendas em 2013 no conjunto total dos países onde está presente.

No mercado português, as 539 lojas do Minipreço/Dia tiveram um crescimento ligeiro das vendas em 2010. Os 917 milhões de euros de facturação corresponderam a uma subida de apenas 0,2 por cento no último ano.

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