A ACAP-Associação Automóvel de Portugal atribui esta nova quebra, pelo quinto mês consecutivo, ao agravamento do clima económico e da confiança e às dificuldades no acesso ao crédito.

Para os dados hoje divulgados, também terão contribuído “o fim dos incentivos ao abate de veículos e o aumento dos benefícios fiscais à importação de veículos importados usados”, acrescenta a associação, em comunicado.

Em Maio, os comerciantes automóveis venderam em Portugal 14.711 novas unidades. Em termos acumulados houve também uma descida de 16,2 por cento no número de unidades vendidas desde Janeiro, face aos primeiros cinco meses do ano passado.

Por outro lado, desde 2000, apenas em 2009 é que o total de novos ligeiros de passageiros comercializados em Maio foi inferior ao deste ano. Aliás, segundo a associação, as vendas que se registaram no último mês são “27 por cento inferiores à média dos últimos doze anos e 14 por cento inferiores à média dos últimos cinco anos”.

A má situação do mercado estende-se taos segmentos de comerciais ligeiros e de pesados. Nos primeiros, registou-se uma descida de 27 por cento em Maio e de 19 por cento entre Janeiro e o mês passado.

Quanto aos pesados de passageiros e mercadorias, o mercado caiu 15,7 por cento em Maio, mas ainda assim cresceu 23,5 por cento nos primeiros cinco meses deste ano, para 1.651 unidades vendidas.