Luís Campos e Cunha considera pedido de Sócrates tardio

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“Esta decisão é tardia, devia ter sido tomada há mais tempo”, disse o ex-ministro Rui Gaudêncio (arquivo)

O ex ministro das Finanças Luís Campos e Cunha classificou hoje de “tardio” o pedido de assistência financeira de Portugal à Comissão Europeia, anunciado pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

“Esta decisão é tardia, devia ter sido tomada há mais tempo”, afirmou aos jornalistas em Lisboa, à margem do ciclo de conferências “Mudar numa geração”, uma iniciativa do Diário de Notícias e da Sedes, no âmbito do seu 40.º aniversário.

“Era muito claro, nos últimos meses, que era inevitável uma ajuda externa e tornou-se mais claro do ponto de vista orçamental, tendo Portugal ultrapassado os 90 por cento de dívida pública, o que não acontecia há mais de 50 anos”, acrescentou o antigo ministro das Finanças do primeiro Governo de José Sócrates.

Questionado sobre se a reunião dos banqueiros precipitou a decisão de pedido de assistência financeira, Campos e Cunha considerou que esta “pode ter alertado ainda mais, mas há meses que esta situação era inevitável”.

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo decidiu pedir à Comissão Europeia assistência financeira.

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